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TAP. Com Governo PS, empresa "não volta a cair nas mãos dos privados"

Os Verdes receberam hoje garantias do ministro das Infraestruturas de que, com este Governo, e depois da injeção de dinheiro público na TAP, não há risco de a empresa "voltar a cair em mãos privadas".

TAP. Com Governo PS, empresa "não volta a cair nas mãos dos privados"
Notícias ao Minuto

20:15 - 10/12/20 por Lusa

Política PEV

A garantia foi dada por José Luís Ferreira, líder parlamentar do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), após uma reunião com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, sobre o plano de reestruturação da TAP, na Assembleia da República, em Lisboa.

"Deu-nos a garantia de que, com este Governo, não haveria risco nenhum de a empresa voltar a cair em mãos privadas", descreveu o deputado do PEV, após o encontro.

Os Verdes, disse ainda, defendem que o "Governo pode e deve capitalizar a TAP", uma "empresa estratégica", que é, "de certa forma, uma parte integrante" da soberania portuguesa e que "ainda pode dar muito ao país do ponto de vista social e económico".

Depois, José Luís Ferreira afirmou ter recebido da parte do ministro "a garantia de que, depois desta injeção de capital publico, não há qualquer intenção que a empresa corra o risco de cair em mãos de privados", como aconteceu no passado.

"O que mais preocupa" o PEV, admitiu, é o planeado corte de pessoal no plano de reestruturação da TAP e alertou que, "quando a crise passar", esses trabalhadores vão ser precisos.

José Luís Ferreira recordou ainda que o grupo TAP, "nos últimos tempos, perdeu cerca de 3000 trabalhadores", seja por "contratos a termo que não foram renovados" ou ainda "pelo cancelamento de contratos de trabalho temporário".

O Governo está a discutir o plano de reestruturação da TAP com os partidos com assento parlamentar, em reuniões fechadas no parlamento entre quarta-feira e hoje, depois de ter estado reunido na noite de terça-feira em conselho de ministros extraordinário.

A apresentação do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia até hoje é uma exigência da Comissão Europeia, pela concessão de um empréstimo do Estado de até 1.200 milhões de euros, para fazer face às dificuldades da companhia, decorrentes do impacto da pandemia de covid-19 no setor da aviação.

O plano prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine e 750 trabalhadores de terra, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia, divulgaram os sindicatos que os representam.

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