AO MINUTO: Marcelo reeleito, Ana Gomes faz história e Ventura a festa
Os portugueses foram às urnas para eleger o 20.º Presidente da República e o sexto em democracia. Na corrida a Belém estavam sete candidatos, entre eles duas mulheres e três 'repetentes'. A vitória foi a esperada: Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito para mais um mandato. Ana Gomes ficou em 2.º e apesar de ter falhado o seu "objetivo", alcançou um feito inédito. Já André Ventura demitiu-se mas logo anunciou a recandidatura. Eis o 'filme' desta noite eleitoral, a que a abstenção não faltou.
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Política Presidenciais 2021
Dos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que nas eleições presidenciais de 2016 que este domingo foram chamados a votar, 54,55% (novo máximo para a escolha do chefe de Estado) abstiveram-se de fazê-lo. Votaram 4,2 milhões de eleitores, menos de metade dos 9,3 milhões de inscritos no território nacional.
Tal como se previa, Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito, com 60,70% dos votos. Mais renhida foi a luta pelo segundo lugar. Ana Gomes, candidata apoiada pelo PAN e Livre, conseguiu ficar à frente do candidato do Chega, com 12,97% e 11,90%, respetivamente.
Em quarto lugar ficou o candidato da CDU, João Ferreira (4,32%), em quinto a candidata Marisa Matias, do Bloco de Esquerda (3.95%), e em sexto a 'surpresa da noite' Tiago Mayan Gonçalves, o candidato do Iniciativa Liberal, com 3,22%. No sétimo, e último lugar, ficou Vitorino Silva, com 2,94%.
Acompanhe AO MINUTO a noite eleitoral rumo ao Palácio de Belém:
00h50 - Candidatos da Esquerda com o resultado global mais baixo de sempre. Ana Gomes, João Ferreira e Marisa Matias, tiveram globalmente este domingo o resultado mais baixo de sempre em presidenciais, indiciando que Marcelo Rebelo de Sousa captou largamente o eleitorado de centro-esquerda.
Há cinco anos os candidatos de esquerda obtiveram em conjunto 41,19%, então, já aí, o pior resultado desde as primeiras eleições presidenciais de 1976. Nessas presidenciais de 2016, surgiram duas candidaturas na área do PS, a do antigo reitor da Universidade de Lisboa Sampaio da Nóvoa, que alcançou 22,88% com mais de um milhão de votos, e a da antiga ministra Maria de Belém que teve 4,24%. O resultado de conjunto dos dois candidatos na área socialista, na ordem dos 27%, ficou bem acima daquele que agora foi obtido por Ana Gomes.
Comparação de resultados entre as presidenciais de 2016 e de 2021© Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI)
00h24 - Apesar do terceiro lugar, André Ventura alcançou o 2.º lugar em mais do dobro dos concelhos que Ana Gomes, e em 11 dos 18 distritos do país
00h10 - Com o resultado desta noite, Ana Gomes tornou-se na mulher mais votada de sempre em Portugal. A diplomata foi a mulher mais votada de sempre numas eleições presidenciais em Portugal, com 12,93% dos votos, e a primeira a conseguir um segundo lugar.
00h07 - É oficial. Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito Presidente da República nas eleições de domingo, com 60,70% dos votos, segundo os resultados provisórios apurados em todas as 3.092 freguesias. Segundo os dados da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna - Administração Eleitoral, Ana Gomes foi a segunda candidata mais votada, com 12,97%. Eis os resultados finais já com todas as freguesias apuradas:
© Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI)
23h45 - Marcelo Rebelo de Sousa fala ao país: "Confiança renovada é tudo menos um cheque em branco", afirmou o presidente reeleito, vincando que os "portugueses querem mais e melhor convergência". No seu discurso de vitória no átrio da Faculdade de Direito, tal como há cinco anos, prometeu "tudo fazer para persuadir quem pode elaborar leis a ponderar a revisão antes de novas eleições daquilo que se concluiu dever ser revisto, para ajustar a situações como a vivida".
"Quem recebe um mandato tem de continuar a ser um presidente de todos e de cada um dos portugueses. Um presidente próximo, um presidente que estabilize, um presidente que una, que não seja de uns, os bons, contra os outros, os maus. Que não seja um presidente de fação" (Marcelo Rebelo de Sousa)E prosseguiu: "Mais em geral, para ultrapassar objeções ao voto postal ou por correspondência, objeções essas que tanto penalizaram os votantes, em especial os nossos compatriotas espalhados pelo mundo. Compreendi este outro sinal e insistirei para que seja finalmente acolhido".
O chefe de Estado afirmou ainda ter a noção de "que os portugueses, ao reforçarem o seu voto, querem mais e melhor", seja "em proximidade, em convergência, em estabilidade, em construção de pontes, em exigência, em justiça social e de modo mais urgente, em gestão da pandemia. Entendi esse sinal e dele retirarei as devidas ilações", sublinhou Marcelo.
23h33 - André Ventura, o terceiro candidato mais votado, fala ao país: "Esmagámos a extrema-esquerda em Portugal", disse o candidato do Chega que, e tal como prometeu, se demitiu por ter ficado atrás de Ana Gomes, mas anunciando logo em seguida que será recandidato à liderança do Chega.
"Hoje era a prova dos nove. E não só o batom da Marisa não lhe permitiu crescer, como a Ana Gomes não deslocou, como o João Ferreira nem no Alentejo me ganhou. Saímos daqui com a claríssima convicção que este é um projeto vencedor. Por toda a Europa choveram mensagens de apoio a dizer que Portugal acordou", afirmou André Ventura agradecendo a Deus.
23h30 - António Costa felicita Marcelo Rebelo de Sousa. Via Twitter, e enquanto Ana Gomes discursava, o primeiro-ministro felicitou "calorosamente Marcelo Rebelo de Sousa pela reeleição, com votos das maiores felicidades na continuidade do mandato presidencial"
Felicito calorosamente Marcelo Rebelo de Sousa pela reeleição, com votos das maiores felicidades na continuidade do mandato presidencial, em proximidade com os portugueses, em defesa da Constituição e do prestígio internacional de Portugal, em profícua cooperação institucional.
— António Costa (@antoniocostapm) January 24, 2021
23h16 - Ana Gomes, a candidata apoiada por alguns socialista de renome, pelo PAN e pelo Livre, já fala ao país: "Agradeço aos mais de meio milhão de portugueses e portuguesas que me deram o seu voto. Não consegui o objetivo e levar a uma segunda volta nestas eleições e a responsabilidade é só minha, mas cumpri o meu objetivo central, um objetivo patriótico: representar o campo dos democratas e progressistas europeístas e impedir que a ultra-direita ascendesse a uma posição de possível alternativa. Se eu não estivesse estado nesta disputa, estaríamos hoje a lamentar ainda mais progressão da extrema-direita"
22h50 - Ferro saúda Marcelo pela vitória e quer aprofundar relação institucional. O presidente da Assembleia da República já saudou Marcelo Rebelo de Sousa pela sua reeleição para as funções de chefe de Estado, afirmando que se empenhará no aprofundamento da cooperação institucional entre os dois órgãos de soberania.
22h43 - Tiago Mayan Gonçalves foi o terceiro candidato a falar: "Valeu a pena. Os números desta noite sinalizam o crescimento da onda liberal, números que mostram que há cada vez mais gente a querer um caminho que não passa pelas opções dos últimos 40 anos mas também não alinham no discurso de quem quer colocar portugueses contra portugueses". "O resultado desta noite é uma janela de esperança para todos os liberais e para todos os portugueses, para todos os que acreditam que é possível fazer diferente na política portuguesa".
"Valeu muito a pena sair do sofá e vir lutar por aquilo em que acredito", concluiu o candidato apoiado pelo Iniciativa Liberal que contou com 3,12% (cerca de 118.798 votos)
22h36 - À esquerda todos foram derrotados, diz Francisco Louçã. O antigo líder do Bloco de Esquerda (BE), defendeu hoje que "à esquerda, todos foram derrotados" e que neste espetro político "ninguém vai festejar", admitindo ainda assim que o primeiro-ministro, António Costa, "sai bem" destas eleições.
"Acho que à esquerda, com três excelentes candidatos, todos foram derrotados. Marisa Matias certamente, uma votação muito inferior à que tinha, há uma queda de 10% para 5%. Acho que ninguém vai festejar à esquerda. Houve quatro candidatos da esquerda nas últimas eleições presidenciais que tiveram cerca de 40% juntos. Há três desta vez, menos dispersão, que têm cerca de 25% juntos, porque Marcelo Rebelo de Sousa entrou em todos estes eleitorados, com intensidades diferentes, naturalmente muito mais no PS, mas também nos outros, e polarizou essa votação"
22h23 - Quando faltam apurar os resultados de 53 freguesias, segundo dados oficiais, Marcelo Rebelo de Sousa foi oficialmente reeleito Presidente da República. Nas freguesias por apurar há menos recenseados do que o número de votos que separa Marcelo do segundo candidato mais votado até agora nestas eleições, Ana Gomes, pelo que o atual Presidente foi reeleito para o cargo, segundo cálculos do portal de estatística Eyedata, disponível em www.lusa.pt.
Quando faltavam apurar os resultados em 53 freguesias e três consulados, Marcelo Rebelo de Sousa era o candidato mais votado, com 61,62% dos votos. Segundo os dados da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna - Administração Eleitoral, Ana Gomes era o segundo candidato mais votado, com 12,25%.
22h18 - O líder do PSD destaca a vitória "do candidato moderado, do candidato do Centro" Marcelo Rebelo de Sousa, e o "esmagamento da Esquerda", apesar de não considerar que tenha sido uma "votação expressiva" a desta noite eleitoral. "Se há alguém derrotado é o PS, por falta de comparência. Numa eleição tão importante não conseguiu apoiar nenhum candidato, mas também não conseguiu encontrar um candidato em que se visse representado. Depois há outra marca fortíssima destas eleições, os candidatos à Esquerda, com os resultados que temos neste momento, não conseguirão passar muito para lá dos 20%"
22h11 - João Ferreira foi o segundo candidato a falar esta noite. "Estou profundamente convencido que esta candidatura trouxe a estas eleições um contributo singular que irá perdurar para lá dos dias de hoje. Esse contributo foi o de demonstrar no atual momento da vida nacional a centralidade e atualidade da Constituição da República Portuguesa, a importância do seu amplo acervo de direitos políticos, económicos, sociais, culturais e ambientais, e a importância do projeto de desenvolvimento que ela acolhe e que é essencial para dar conteúdo concreto aos direitos e para dessa forma defender a democracia"
22h05 - Vitorino Silva espera que Marcelo "faça um mandato diferente". O candidato presidencial Vitorino Silva felicitou Marcelo Rebelo de Sousa pelo resultado nas eleições presidenciais, esperando que o atual chefe de Estado "faça um mandato diferente" e mostrando-se "orgulhoso" da sua campanha.
"Tentei ligar [a Marcelo Rebelo de Sousa] e ele não atendeu, não atendeu desta vez e se ele estiver a ouvir, o convite está feito, ele desta vez ganhou em Rans e o povo de Rans vai recebê-lo de braços abertos porque o Presidente da República é o símbolo do país e a Rans nunca veio nem nenhum rei, nem um Presidente", disse o candidato conhecido por 'Tino de Rans', nome alusivo à freguesia de onde é natural, e onde hoje perdeu a liderança da votação na freguesia para o recandidato.
22h - Confira os resultados oficiais quando faltam apurar 74 freguesias:
© Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI)
21h34 - Marisa Matias é a primeira candidata a falar: "Não são os que esperávamos, não são os que esperei, e estão longe do objetivo que traçámos. Mas há um dado muito preocupante com estas eleições. A Direita está em reconfiguração e muitos eleitores de direita neste país, votaram num candidato da extrema-direita".
20h36 - Marcelo à saída da sua residência em Cascais reitera que "Mário Soares é irrepetível na democracia portuguesa, na resistência à ditadura, na revolução e depois como primeiro-ministro e presidente da República". E quanto ao cenário, que aparece já afastado, de uma segunda volta? "Só estou convencido no momento em que fecharem as urnas", admitiu Marcelo admitindo para um "fim mais tardio do que aquilo que se imaginava" desta noite eleitoral.
20h55 - Confira os resultados oficiais quando faltam apurar 475 freguesias:
© Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI)
20h32 - Reação do CDS, pela voz de António Carlos Monteiro: "É sem dúvida um resultado, se se confirmarem as projeções, que enche o CDS de satisfação. Em eleições presidenciais não há segundos lugares, há primeiro lugar, e sendo esse primeiro lugar alcançado à primeira volta, não há também a segunda volta que alguns candidatos desejavam. Por isso mesmo a confirmarem-se estas projeções, este resultado confirma a derrota daqueles que quer à esquerda, quer à direita tentaram forçar essa segunda volta e forçar que um candidato de centro-direita, humanista, da direita social fosse forçado a ter de ir a uma segunda volta"
20h27 - Derrota para a Esquerda? "Julgo que esta noite vai obrigar todos os quadrantes políticos que se reconhecem na Constituição a pensar o futuro porque não podemos ignorar que pela primeira vez desde o 25 de Abril há ameaças sérias à Constituição que não se ficam apenas no quadro da competição democrática são um perigo e não apenas uma nova ideia", comentou Paulo Pedroso, diretor de campanha de Ana Gomes
20h20 - Marcelo Rebelo de Sousa, o segundo presidente reeleito com mais força. "A verdade é que este resultado estimado para Marcelo é o segundo melhor de sempre e isso dá-lhe margem de manobra", comentou o antigo líder do CDS, Paulo Portas, na TVI24.
20h11 - Marcelo à frente com 66,03% com 1.419 freguesias apuradas. O atual chefe de Estado é o candidato mais votado nas eleições presidenciais de hoje, com 66,03% dos votos quando estão apurados os resultados provisórios em 1.419 das 3.092 freguesias
20h00 - As primeiras projeções das televisões dão Marcelo Rebelo de Sousa como reeleito à primeira volta.
O atual presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa será reeleito com uma votação entre os 56,4% e os 60,4%, ou seja, será proclamado vencedor à primeira volta, adianta a projeção da Pitagórica para a TVI, que aponta Ana Gomes como segunda, com uma votação entre 12,2% e 16,2%, enquanto o líder do Chega obtém uma votação entre os 9,9% e os 13,9%
Tiago Mayan Gonçalves, apoiado pela Iniciativa Liberal, supera a candidata Marisa Matias, com uma votação entre 2,3% e 6,3% dos votos, enquanto a projeção da bloquista aponta para um resultado entre 2,2% dos votos. Em sexto lugar surge João Ferreira, entre 2,1% e 6,1% dos votos, e em último Vitorino Silva com 0,9% e 4,9% dos boletins de voto.
A mesma projeção é feita pela SIC embora com valores diferentes. A sondagem ICS/ISCTE/GFK Metris aponta para a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa com entre 55,5 - 60,5% dos votos, segue-se Ana Gomes (13,1 - 17,1%), André Ventura (10,1 - 14,1%) e em quarto lugar João Ferreira (3,3 - 6,3%), ao qual se segue Marisa Matias (2,4 - 5,4%), e só em sexto surge o candidato o Iniciativa Liberal Tiago Mayan (2,3 - 5,3%), à frente apenas de Vitorino Silva (1,3 - 3,3%)
Já a televisão pública, citando dados da sondagem da Universidade Católica, também aponta para a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa à primeira volta, com 57 a 62% do voto dos portugueses. A antiga eurodeputada do PS, Ana Gomes, surge em segundo lugar com entre 13 e 16% dos votos, à frente de André Ventura, com 9 e os 12%. Também aqui o quarto lugar revela pela RTP diverge das restantes televisões, com Marisa Matias a arrecadar entre 3,5% e os 5,5% dos votos, à frente de João Ferreira (3,5%-5,5%), e de Tiago Mayan Gonçalves (3 e 5%). Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, poderá conseguir entre 2 e os 4% dos votos.
19h46 - Erro burocrático impede até 800 votos no Luxemburgo. Conselheiro das comunidades radicado no Luxemburgo, João Verdades, disse à Lusa que terão havido entre 700 e 800 eleitores que não conseguiram votar devido a um erro burocrático que os retirou dos cadernos eleitorais
19h33 - Marcelo Rebelo de Sousa que votou em Celorico de Basto já chegou à sua residência em Cascais. Numa curta declaração aos jornalistas, comentou que "infelizmente, há uma abstenção muito elevada". Ainda assim, vincou, "se se quebrar o ciclo de aumento da abstenção, se for possível quebrar isso em relação às últimas reeleições era bom, sobretudo em [tempo de] pandemia. Fico contente pelo esforço dos portugueses que, apesar do tempo de chuva e da pandemia, saíram ao nível daquilo que se vê, foi um esforço enorme".
"Vamos ver porque ainda não é líquido isso [mas] previam-se taxas [de abstenção] superiores", admitiu. Quanto aos três discursos que tem preparados, Marcelo adiantou que só às 20h "saberá qual será o definitivo". Agora vai "buscar o jantar, um take-away", vai jantar, olhar para os discursos e depois tenho que me arranjar e espero a evolução da noite".
19h33 - Piores cenários não se confirmaram. O mandatário nacional da candidatura de Marisa Matias, Tiago Rodrigues, registou que as piores previsões de abstenção não se confirmaram, mas afirmou que qualquer número elevado de pessoas que não votam "é preocupante para a saúde da democracia".
19h29 - Ainda há portugueses à espera para votar. Um elemento da junta de freguesia do Areeiro, em Lisboa, colocou-se no final da fila de eleitores para garantir o fim da mesma, conta a TVI24
19h27 - O mandatário nacional do candidato presidencial do Chega, Rui Paulo Sousa, também diretor da campanha e membro da direção nacional do partido da extrema-direita parlamentar, lamentou hoje a forte abstenção verificada no sufrágio.
19h25 - Abstenção desmente cenários catastrofistas. A afirmação foi proferida pela candidatura de João Ferreira que considera que as projeções sobre a abstenção nas presidenciais desmentem "cenários catastrofistas", que procuravam aproveitar o contexto de pandemia para "defender uma espécie de estado de exceção e a revisão" da Constituição.
19h12 - Abstenção "razoável", diz Vitorino Silva. "Estou muito orgulhoso". O candidato foi o primeiro a reagir às projeções de abstenção destas eleições Presidenciais, marcadas pela pandemia
19h01 - Eis as primeiras projeções da abstenção: Projeções ICS/ISCTE/GFK Metris para a SIC Notícias apontam para uma abstenção nestas eleições presidenciais entre os 56 e os 60%. Estes valores representam uma subida em relação a 2011 (53,5%) e 2016 (51,3%).
Projeção da TVI24 aponta para uma abstenção entre os 54,5% e os 58,5%. Há cinco anos, quando os portugueses foram chamados pela última vez a eleger o Presidente da República, a abstenção foi de 51,34%, tendo votado um total de 4.740.558 eleitores.
Já a RTP, citando uma estimativa da Universidade Católica, refere que a abstenção será entre os 50 e os 55%. Relativamente à estimativa da participação nestas eleições deverá situar-se entre os 45 e 50%. Esta estimativa de participação foi calculada com base nos resultados de participação eleitoral às 16h divulgados pela Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna às 17h.
A projeção da CMTV antecipa números entre os 54% a 58%.
19h00 - Urnas fechadas em Portugal continental e na Madeira, nos Açores fecham dentro de uma hora, às 20h (hora de Lisboa).
18h34 - O candidato André Ventura já chegou ao Hotel Marriott, em Lisboa, onde vai acompanhar a noite eleitoral e onde fará o seu discurso esta noite. À entrada disse esperar "ter consigo mobilizar as pessoas para a democracia", vincando estar "muito tranquilo e satisfeito".
"Espero que a abstenção seja menor do que tem sido anunciado", acrescentou o líder e candidato do Chega, revelando que, ao contrário de Marcelo Rebelo de Sousa, "só tem uma versão para o discurso desta noite".
18h27 - O retrato de um país a exercer o direito de voto em plena pandemia. O Notícias ao Minuto mostra-lhe, com a ajuda da Global Imagens e da Getty Imagens, as filas que se formaram para votar de Norte a Sul do país. Mas, apesar dos tempos de espera, os relatos são, genericamente, de organização ao nível do que o momento exige.
18h18 - Os politólogos António Costa Pinto e Carlos Jalali fizeram um balanço dos dados até este momento. O primeiro especialista começou por salientar que estas "eleições presidenciais em que o presidente em exercício se recandidata devem ser comparadas com as de 2011, e não com 2016, ano em que Cavaco Silva se recandidatou". E, acrescentou, à partida, "não parece que a pandemia tenha provocado uma fortíssima abstenção eleitoral".
Já Carlos Jalali afirmou ser uma "boa notícia este nível de participação eleitoral em relação a 2011". "Tudo indica que temos mais votantes nesta votação do que em 2016". Mas temos um número de votantes superior e uma percentagem de abstenção também superior? Porque, explicou, "o universo eleitoral expandiu-se enormemente nestas eleições (mais de um milhão de eleitores recenseados em relação a 2016)". Ainda assim, concluiu, estes números mostram que a "solidariedade e o compromisso coletivos neste contexto de pandemia".
17h55 - Ambiente tranquilo na freguesia com mais eleitores em Lisboa. Pouco tempo de espera e fluidez da entrada até às urnas é o ambiente que se encontra em Algueirão-Mem Martins (Sintra)
17h51 - Ex-presidente Cavaco Silva considera que os portugueses estão a dar "lição de grande civismo". "Era bom que as previsões de abstenção não se concretizassem. Acredito que os portugueses estão a fazer um esforço neste tempo de pandemia", afirmou Aníbal Cavaco Silva, após ter exercido o direito de voto numa secção em Lisboa, em declarações transmitidas pela CMTV.
O ex-chefe de Estado referiu que "estas eleições ocorrem num tempo anormal, um tempo de grande tristeza", em que a normalidade da vida está suspensa devido à Covid-19, considerando que é "uma tragédia que leva a que o pensamento das pessoas, dos portugueses, esteja muito voltado para pandemia e haja pouco espaço para pensar seriamente as eleições".
17h45 - Afluência às 16h é a segunda mais baixa desde 2006, eleições ganhas por Cavaco Silva e cuja afluência à mesma foi de 45,7%. A abstenção nestas eleições foi de 53,48%.
Este valor só foi inferior em eleições presidenciais em 2011, quando a afluência às 16h foi de 35,1%, e é 2,3 pontos percentuais abaixo das eleições de há cinco anos. Nas presidenciais de 2016, que elegeram Marcelo Rebelo de Sousa, tinham votado 37,7% até às 16h, numas eleições em que a abstenção global subiu aos 51,3%.
17h40 - A jornalista, escritora, e tradutora espanhola, que preside atualmente a Fundação José Saramago, Pilar del Río, partilhou nas redes sociais a sua experiência na ida às urnas, admitindo que apesar da espera de "mais de uma hora" não presenciou sinais de "impaciência".
Elecciones presidenciales en #Portugal: He votado con la ilusión de la primera vez y la alegría de la experiencia. Esperé más de una hora en la fila, no vi ni un gesto de impaciencia o mal humor, sentí el ejercicio de responsabilidad democrática como logro, solidaridad y emoción
— Pilar del Río (@delRioPilar) January 24, 2021
17h22 - Quem "até às 19h" ainda estiver em filas vai poder exercer o seu direito de voto, a garantia é de João Tiago Machado, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE)
Eleitores que às 19h estiverem em filas vão poder votar© Getty Images
17h14 - Filas com poucos minutos de espera no liceu Camões após manhã concorrida. O voto nas eleições presidenciais resolvia-se em poucos minutos ao início da tarde nas assembleias de voto instaladas na Escola Secundária de Camões, em Lisboa, com filas constantes mas em ritmo rápido
17h11 - Após boicote, votação em freguesia de Águeda decorre com normalidade. A população da União de Freguesias de Belazaima do Chão, Agadão e Castanheira do Vouga, em Águeda, boicotou o início das eleições presidenciais para contestar a falta de médico, mas tudo decorre agora com normalidade, adiantou à Lusa o presidente da Junta
17h00 - Afluência às urnas às 16h de 35,44% está foi abaixo da registada à mesma hora nas últimas eleições presidenciais (37,69%) em 2016, de acordo com dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI). Em relação a 2011, a afluência está hoje mais alta, porque há nove anos às 16h era de 35,16%. João Tiago Machado, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, esclarece em declarações à SIC Notícias que esta afluência já inclui todos os votos antecipados, bem como os cidadãos confinados, internados, nos lares, e os dos eleitores presos.
Afluência às urnas© Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI
16h35 - Protesto junto a assembleia de voto em Bencatel. Cerca de 200 pessoas concentraram-se hoje junto à assembleia de voto para as eleições presidenciais da freguesia de Bencatel, no concelho de Vila Viçosa (Évora), em protesto contra o corte definitivo de uma estrada nacional.
16h18 - A afluência às urnas de 17,07% até ao meio-dia é a segunda mais alta desde as eleições de 2006, ano em que este número passou a ser divulgado pela administração eleitoral. Esta percentagem só é superada pelas presidenciais de 2006, quando a afluência às 12h00 foi de 19%, que ditaram a eleição de Cavaco Silva e que contaram com uma abstenção de 38,5%.
Cinco anos depois, em 2011, ano da reeleição de Cavaco, votaram, até às 12h, 13,39% dos eleitores, sendo que, também nesse ano, 53,5% dos eleitores optaram por não votaram.
15h59 - Via Twitter, o primeiro-ministro António Costa renovou o apelo ao voto, sustentando ser "nosso dever participar" e deixando uma palavra de agradecimento "aos milhares de pessoas que sacrificam o seu domingo para estarem nas mesas de voto, a assegurar o funcionamento deste ato eleitoral, garantindo todas as condições de segurança a quem quer ir votar".
Renovo o meu apelo ao voto, é nosso dever participar. Agradeço em particular, aos milhares de pessoas que sacrificam o seu domingo para estarem nas mesas de voto, a assegurar o funcionamento deste ato eleitoral, garantindo todas as condições de segurança a quem quer ir votar.
— António Costa (@antoniocostapm) January 24, 2021
15h33 - No concelho mais abstencionista, há quem vote apesar do desinteresse. Os poucos votantes de Vila Franca do Campo (Açores), reconhecem que existe um desinteresse generalizado da população na política.
15h27 - Com o voto de Ana Gomes, todos os sete candidatos à Presidência da República já exerceram o seu direito de voto. Marisa Matias foi a primeira e a antiga eurodeputada socialista a última.
15h22 - Ana Gomes, que exerceu o direito de voto em Cascais, destacou a afluência às urnas e a forma segura como está a decorrer todo o processo, frisando que "quantos mais cidadãos vierem votar mais a democracia será reforçada".
"Foi bom ter esperado um bocadinho. É sinal de que há uma afluência e é muito importante a participação de todas e de todos. O voto é um direito mas também um dever cívico" (Ana Gomes)
14h34 - Um balanço a fechar a manhã: Algumas filas, segurança sanitária e repetidos apelos ao voto. A eleição para Presidente da República está a ser marcada por filas em algumas secções de voto, inclusive para cumprir distância de segurança devido à Covid-19, e por repetidos apelos à participação dos cidadãos.
Freguesia de São Vitor, a freguesia bracarense com maior numero de residentes© Global Imagens
13h58 - Marcelo Rebelo de Sousa, que votou em Celorico de Basto, assinalou o cumprimento das regras sanitárias. O atual Presidente da República e recandidato ao cargo referiu-se à meteorologia. "Não choveu, o que é uma boa notícia para os portugueses poderem votar. Sei que está a decorrer muito bem por todo o país o voto, com distanciamento, com respeito das regras sanitárias, com paciência das pessoas onde há filas", afirmou.
"Os portugueses escolhem. Com a minha idade e depois de muitas eleições ganhas e muitas perdidas a pessoa habitua-se a tudo e está preparada para tudo" (Marcelo Rebelo de Sousa)13h50 - André Ventura, que votou na Escola Básica e Jardim Infantil do Parque das Nações, Lisboa, a freguesia mais jovem de Portugal, defendeu à saída que "a arma que temos de usar é o voto". O candidato também apelou à participação dos cidadãos nas eleições, defendendo que "a arma" a "usar é o voto" em tempos de pandemia e crise, porque "o futuro está em causa".
"Votar nunca foi um ato tão importante como é hoje, porque o nosso futuro está em causa. (...) É importante que não pensemos amanhã que deixamos outros decidir por nós" (André Ventura)13h20 - Vitorino Silva, que votou na Junta de Freguesia de Rans, concelho de Penafiel, sublinhou que o voto defende a democracia. O candidato apelou ao voto para defender a democracia, mostrando-se confiante de que os portugueses vão "maciçamente" às urnas e depois se protegerão "a si e aos outros, ficando em casa".
"Vale a pena votar. O voto é o que nos une à democracia e a democracia é o melhor sistema. Temos de defender a nossa democracia. É preciso ter coragem para sair de casa, em tempo de pandemia, mas vale a pena" (Vitorino Silva)
13h15 - "Não é por haver eleições hoje que se vai multiplicar o vírus". A afirmação foi proferida pelo presidente do PSD que, apesar de ter defendido o adiamento das presidenciais, ao verificar a organização do processo, pediu às pessoas para votar. "Estou convencido que, da forma como estamos a votar, não é por haver eleições hoje que se vai multiplicar o vírus e estou à vontade porque eu fui um dos que achava que se deveria adiar as eleições. Estou a dizer isto com essa autoridade moral", afirmou Rui Rio.
12h50 - João Ferreira, que votou na Escola Secundária do Lumiar, em Lisboa, comentou que a votação decorre com "segurança e tranquilidade" e, nesse sentido, apelou à participação dos eleitores na votação para escolher o próximo Presidente da República, reforçando que existe "uma organização dos processos, dos procedimentos, das deslocações, com bastante material desinfeção, com os membros das mesas bastante protegidos".
"Em cerca de 30 minutos, fiquei despachado, isso não é nada quando podemos decidir sobre aquilo quer se vai passar nos próximos cinco anos" (João Ferreira)
12h45 - António Costa apela ao voto apesar de demorar "mais um bocadinho". O primeiro-ministro apelou ao voto, apesar de "demorar um bocadinho mais" por causa da pandemia, e agradeceu às pessoas que "estão a sacrificar o seu domingo" para assegurar o funcionamento do ato eleitoral. O chefe do Governo votou pelas 12:45 e demorou cerca de 30 minutos até conseguir exercer o direito de voto na secção 13 da Escola Básica Jorge Barradas, em Benfica, concelho de Lisboa.
11h30 - Tiago Mayan Gonçalves votou na Universidade Católica no Porto, e apelou à participação nestas eleições presidenciais, garantindo que "votar é seguro". "Este dia é importante, as escolhas que estão perante os portugueses são importantes e, portanto, façam, cada um a sua, mas que a façam", disse o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal, que esperou cerca de meia hora para votar.
"Não tenham medo, que votar é seguro, está a ser seguro, as coisas estão a correr bem, apesar das filas tudo é fluído" (Tiago Mayan Gonçalves)10h40 - Marisa Matias, que votou no Pavilhão Mário Mexia, em Coimbra e, após 40 minutos de espera na fila, pediu aos portugueses para mostrarem orgulho na democracia e na liberdade. "A muita afluência e a boa organização" no processo "são dois excelentes sinais", destacou.
"Mantenho e faço um apelo às pessoas para que venham votar. Votar é seguro e é ao votar que mostramos orgulho na democracia e na liberdade" (Marisa Matias)
9h10 - Populares de Morgade que se opõem à exploração de uma mina de lítio a céu aberto nesta freguesia de Montalegre (Vila Real) bloquearam a entrada na assembleia de voto com cadeados nas portas e contentores de ecoponto, repetindo os protestos verificados nas europeias e nas legislativas de 2019. Os obstáculos foram depois removidos e a mesa de voto começou à hora prevista a funcionar sem problemas.
As mesas de voto abriram em todo o país sem problemas de maior e sem qualquer caso reportado de boicote, segundo o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), João Tiago Machado, sublinhando que a descarga dos votos antecipados atrasou o início da votação em alguns locais, levando à formação de filas. Tirando esta circunstância, registaram-se apenas "três sítios em que houve contingências de abertura de portas", mas que foram fácil e rapidamente resolvidas.
9h00 - As mesas de voto para as eleições presidenciais abriram nos Açores, uma hora depois de Portugal Continental e da Madeira, devido à diferença horária.
8h15 - O primeiro-ministro, António Costa, fez um apelo ao voto, afirmando, no Twitter, que "é um direito fundamental e um exercício de cidadania", e lembrou que para garantir as regras sanitárias, devido à pandemia de Covid-19, estavam abertas mais de 12 mil secções de voto. "Há quatro medidas essenciais para o voto em segurança: utilizar máscara; manter a distância de segurança; desinfetar as mãos; utilizar caneta própria. A sua participação é essencial para reforçar a nossa democracia", escreveu.
Há quatro medidas essenciais para o voto em segurança: utilizar máscara; manter a distância de segurança; desinfetar as mãos; utilizar caneta própria. A sua participação é essencial para reforçar a nossa democracia.#Presidenciais2021
— António Costa (@antoniocostapm) January 24, 2021
8h00 - As mesas de voto para as eleições presidenciais abriram em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19h00.
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