Luís Marques Mendes levantou o 'véu' do plano de desconfinamento que está a ser trabalhado pelo Governo e que será apresentado na próxima quinta-feira, dia 11 de março. Avançou o ex-líder do PSD, no habitual espaço de comentário na SIC Notícias, que "vamos começar a desconfinar mesmo no dia 15 [de março]. Um desconfinamento pequeno, suave e limitado".
O comentador indicou ainda que, "em princípio" - e como o Governo já tinha previsto -, o desconfinamento começará pelas escolas, nomeadamente pelas "creches, pré-escolar e 1.º ciclo do Ensino Básico".
A dúvida, acrescentou o Conselheiro de Estado, é se haverá na mesma altura "abertura de pequeno comércio, como cabeleireiros e barbeiros".
Os restaurantes, antevê, vão manter-se fechados e só abrirão "depois da Páscoa", assim como os "outros graus de ensino". Apesar de o Executivo avançar com o desconfinamento antes da Páscoa, para essa época festiva "as medidas serão duras", sendo que está prevista a "proibição da circulação entre concelhos".
Para lá disso, "o Governo dará sinais indicativos de quando as atividades abrirão no futuro para haver previsibilidade".
Considerou o ex-líder partidário que "faz sentido começar a desconfinar", uma vez que Portugal apresenta bons indicadores quanto à redução de contágios de SARS-CoV-2. "Já fomos os piores da Europa e agora estamos quase a ser os melhores", assumiu.
"Depois de atingirmos estes objetivos, não podemos continuar em casa da mesma maneira ou, a dada altura, as pessoas desobedecem ao Estado e desconfinam sem autorização. Mas não se pode abrir tudo às escancaras porque senão tínhamos uma recaída", defendeu.
A apresentação deste plano de desconfinamento é antecedido por nova reunião do Infarmed, que se realizará já esta segunda-feira. "Amanhã será uma reunião diferente do habitual, bastante mais conclusiva. O primeiro-ministro tinha pedido aos especialistas que apresentassem um conjunto de sugestões sobre esta matéria".
Com efeito, Marques Mendes revela que "amanhã vão ser apresentados dois planos". Um deles "é para o futuro" e trata-se de um "plano elaborado pelo Dr. Manuel Carmo Gomes e pelo Dr. Baltazar Nunes e outros especialistas, que define indicadores, regras, critérios e linhas vermelhas para futuros confinamentos".
O segundo plano é "uma espécie de guia para o desconfinamento" e foi preparado "por Raquel Duarte e Óscar Felgueiras". Este documento apresenta "indicadores de como se pode agora começar o desconfinamento", nomeadamente estabelecendo "um conjunto de indicadores para os próximos seis meses. Define cinco níveis em matéria de desconfinamento e define ainda as atividades do ponto de vista científico que podem gerar mais contágios. Este guia dá um sinal de que se pode começar a desconfinar, ainda que de forma suave".
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