"Governo dedicou-se à especialidade de passar culpas"
Pedro Silva Pereira assina hoje um artigo de opinião no Diário Económico em que refere que o que se passou com o leilão (e o seu cancelamento) das obras de Miró foi um “passar de culpas” do Governo, característica que considera ser a sua “especialidade do costume”.
© Global Imagens
Política Pedro Silva Pereira
Na semana em que tanto deu que falar, o leilão da coleção Miró ocupa mais algumas linhas do Diário Económico, desta vez com o artigo de opinião de Pedro Silva Pereira.
Para o socialista, “o Governo dedicou-se à especialidade do costume: passar culpas. Desta vez saiu a fava a Christie’s, uma das mais prestigiadas empresas do mundo em leilões de obras de arte. O que se viu não é bonito. Nem verdadeiro”.
O antigo número dois de José Sócrates considera que “a tentativa desesperada de passar culpas começou logo na intervenção insólita do secretário de Estado da Cultura, que aliás revelou em todo o processo a sua irrelevância e o grau zero a que chegou a política cultural”, ao acusar o PS pelo início do processo de venda da coleção Miró.
Mas “se o Governo não pode fugir à responsabilidade – que é exclusivamente sua – também não é aceitável que, com tanta ligeireza, pretenda transferir para a leiloeira Christie’s todas as responsabilidades pela expedição ‘manifestamente ilegal’ daquelas obras de arte”.
Nas palavras de Pedro Silva Pereira, ainda que o Governo tenha desmentido a notícia que dava conta que as obras tinham sido transportadas em ‘mala diplomática’, “a ideia de que a experiente e prestigiada leiloeira Christie’s, conhecedora como é dos procedimentos legais, aceitou, por sua própria conta, prestar um tal serviço e concretizou, sem qualquer cooperação das entidades públicas, uma operação tao flagrantemente irregular, é tudo menos convincente. O Governo precisa de fazer muito mais para apresentar uma história mais bem contada”.
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