"Se esse processo atrasar, hoje, o que são laivos de descontentamento que existem, podem transformar-se numa coisa mais complicada: do descontentamento passar ao desespero. E o desespero, enfim.... Quem está desesperado não pensa ou pensa mal", afirmou Jerónimo de Sousa, no encerramento de um encontro com músicos, sobre a crise causada pela epidemia de covid-19, que quase paralisou o setor da cultura há um ano.
O líder comunista afirmou, à plateia de músicos, que a vacina "é a grande preocupação dos portugueses" e que "é um problema que se pode colocar" e que exige o cumprimento de promessas e garantias por parte do Governo".
Depois, ironizou com Paulo Portas, ex-líder do CDS e antigo vice-primeiro-ministro, e com os seus comentários ao domingo, na TVI, em que "põe aquele ar de estadista e epidemiologista e não sei que mais" por ter dito que o desconfinamento é muito perigoso por poder fazer "voltar tudo atrás".
"Isto é o que se chama exercitar a política do medo", disse, causando sorrisos na sala.
E, tal como já fizera na abertura do encontro, alertou para o possível encerramento de empresas, especialmente pequena e médias empresas, insistindo ainda que é preciso o estado dar respostas e apoios aos trabalhadores nessa fase de crise pandémica.
Leia Também: AO MINUTO: Casos ativos e internamentos continuam a descer em Portugal