Governo viu "pontos de convergência" no discurso da nova líder do PAN
O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares disse hoje ter encontrado no discurso da líder do PAN "pontos de convergência" e capacidade de os transformar em medidas concretas, perspetivando a continuidade da "relação exigente" mantida com o Governo.
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Política PAN/Congresso
Duarte Cordeiro falava aos jornalistas após o encerramento do VIII Congresso do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que decorreu este fim-de-semana em Tomar, no distrito de Santarém, depois de ter assistido ao discurso da nova porta-voz, Inês Sousa Real, em representação do Governo, ao lado de representantes da Presidência da República e de vários partidos políticos, nomeadamente, do PS, PSD, PCP, Verdes, BE, Livre e Volt.
O secretário de Estado afirmou encarar "com naturalidade" a afirmação de Inês Sousa Real de que o PAN quer e exige mais ao Governo, sublinhando estar habituado, nas negociações com os partidos, a que estes tenham "ambição" e desejem "mais avanços".
"Encaramos com toda a naturalidade e perspetivamos manter a mesma linha de capacidade de valorização das convergências, daquilo que são objetivos comuns, na perspetiva de uma relação exigente, que sempre foi a relação que o PAN teve com o Governo", declarou.
Duarte Cordeiro sublinhou que a exigência do PAN se traduz em medidas, algumas das quais "até geram naturais controvérsias do ponto de vista da discussão".
Sublinhou que o Governo tem dado nota "do conjunto de matérias que, nesta fase, já estão executadas", assegurando que vai continuar a executar outras.
"É do nosso interesse demonstrar aos partidos com quem nós negociamos o Orçamento do Estado que temos a capacidade de executar essas medidas e também mostrar abertura para, naquilo que forem matérias de convergência", traduzi-las em medidas concretas, disse, reafirmando ter ouvido no discurso da nova líder do PAN muitas matérias que se inserem na vontade de "resolver problemas estruturais, mas com perspetivas claras, entre elas a ambiental. E esse objetivo o Governo partilha".
Sobre a declaração da vontade do PAN ser Governo, o governante considerou ser natural que os partidos ambicionem, quando vão a eleições, ter "a máxima representatividade possível e serem responsáveis por aquilo que é a aplicação das suas medidas".
"Acho que isso é uma declaração que diz respeito à ambição do PAN para o futuro", disse, sublinhando que não se pode "confundir com a vontade que o Governo tem de levar esta legislatura até ao fim, manter as convergências e manter espírito aberto".
Afirmando que o Governo está "muito concentrado na recuperação da pandemia, na retoma económica e em sair da crise mais forte", Duarte Cordeiro sublinhou que o executivo liderado por António Costa quer que "haja estabilidade" para prosseguir esse caminho.
A líder do PAN dirigiu-se hoje ao Governo de António Costa afirmando que o partido vai exigir "mais" nas negociações do Orçamento do Estado para 2022 e apontou o combate à "emergência climática" como prioridade.
"E esta aqui é a nossa mensagem clara para o Governo de António Costa: queremos mais, exigimos mais do Governo", disse Inês Sousa Real no encerramento do VIII Congresso do PAN, depois de ter sido eleita.
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