Esta posição foi defendida por António Costa na conferência de imprensa conjunta com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, no final da XIII Cimeira da CPLP, em Luanda.
"Neste ciclo de 25 anos, todos os países exerceram já o Secretariado Executivo da CPLP. Apenas faltava Timor-Leste", começou por referir o líder do executivo.
Depois, António Costa frisou que Timor-Leste, por unanimidade, foi hoje eleito para ocupar o exercício de funções do próximo Secretariado Executivo da CPLP.
"E com um dado particularmente interessante: Zacarias Costa já esteve presente na cimeira fundadora da CPLP, em 1996, não como representante de Timor Lorosae, mas como representante da resistência timorense à ocupação da Indonésia", recordou.
António Costa assinalou então que hoje se completou "um ciclo de 25 anos - e isso traduz que esta organização é adulta e madura".
Depois de destacar as consequências do acordo de mobilidade -- compromisso de que António Costa "foi um dos pais", de acordo com as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa -, o primeiro-ministro defendeu que a CPLP "passa agora a fazer parte do dia-a-dia, deixando de ser uma mera organização de concertação política, embora tendo obtido neste plano grandes resultados, como a eleição de António Guterres para o cargo de secretário-geral das Nações Unidas".
"É uma organização caracterizada pela cooperação nos domínios mais variados, designadamente na promoção da língua portuguesa. Agora, ganha uma dimensão de cidadania", frisou.
Após destacar este aspeto, António Costa elogiou a prioridade da CPLP proposta pela nova presidência angolana: O reforço do pilar económico e empresarial.
"Somos um vasto espaço do Brasil a Timor-Leste. Temos a maior economia da América do Sul, um país membro da União Europeia e vários Estados-membros em crescimento acelerado no continente africano", referiu.
Ou seja, em conclusão, para António Costa, a CPLP "é a porta de entrada para vários espaços comerciais e económicos".
"Por isso, é fundamental esta aliança entre todos nós. Isso significa abrirmos as portas uns aos outros para o crescimento", acrescentou.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
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