Em declarações à agência Lusa, antes do debate sobre o Estado da Nação, que vai decorrer na quarta-feira, a líder parlamentar socialista, Ana Catarina Mendes, deixou "uma palavra de reconhecimento a um país que se reinventou" durante o último ano, "que se mobilizou, que criou parcerias, que não parou, que não baixou os braços perante as adversidades".
A última sessão legislativa foi "particularmente difícil", admitiu Ana Catarina Mendes, no entanto, assinalou o aumento de 7% da despesa na saúde, para responder à pandemia, e os apoios aprovados para as famílias e para impulsionar o tecido económico de Portugal.
A deputada socialista também destacou a campanha de vacinação contra o SARS-CoV-2, com a percentagem da população totalmente vacinada já a ultrapassar 40%, que arrancou no final de dezembro de 2020.
Trata-se de um "esforço hercúleo do Serviço Nacional de Saúde e também do Governo português na compra das próprias vacinas", sublinhou.
"Ainda temos muito para fazer, não estamos libertos desta pandemia e esta pandemia veio e ainda está para ficar, mas é preciso, sempre, perante as adversidades conseguirmos superá-las e superá-las significa trabalhar", sublinhou.
Nesse sentido, a dirigente da bancada socialista disse que "é de relevar o papel da oposição e a ausência de oposição na tentativa de resolver os problemas" do país.
"Quando o PSD há um ano recusava votar o Orçamento do Estado porque dizia que dava tudo a todos, é completamente incompatível com aquilo que hoje diz, que é preciso dar mais apoios", completou.
Como último destaque da sessão legislativa que termina, Ana Catarina Mendes apontou para o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), "um instrumento absolutamente fundamental" para "modernizar a economia, combater a pobreza", uma vez que há "bolsas de pobreza que não podem ser esquecidas, neste momento, e que têm de ser combatidas", e para criar políticas de habitação, para as qualificações, para a digitalização e para combater as alterações climáticas.
O debate sobre o Estado da Nação está agendado para quarta-feira, na Assembleia da República, e tem duração prevista de quase quatro horas. O Governo e os partidos com representação parlamentar vão analisar em retrospetiva a última sessão legislativa.
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