Cristina Rodrigues (ex-PAN) sublinhou em comunicado que a aposta nas propostas colocadas em cima da mesa para o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) foi na "igualdade de género e num maior equilíbrio fiscal relativamente aos animais de companhia".
Em causa estão medidas relacionadas com o "combate à pobreza menstrual", como o "fornecimento gratuito de produtos de higiene feminina a pessoas carenciadas, nos centros de saúde, no sistema prisional, nas escolas e nas associações de apoio a pessoas em situação de sem-abrigo".
A parlamentar defendeu também a criação do projeto-piloto para a "Clínica da Mulher", um "centro de atendimento abrangente e integrado, projetado para corresponder às necessidades exclusivas da saúde das mulheres, debruçando-se sobre áreas como ginecologia, rastreios oncológicos, medicina geral e familiar, rastreios a infeções sexualmente transmissíveis, urologia, obstetrícia, entre outras".
Seria nesse âmbito que "poderia funcionar também a primeira Casa de Parto de Portugal, onde as mulheres pudessem ser assistidas por parteiras e doulas, permitindo que o parto se desenvolva de forma segura e mais humanizada", uma proposta já feita no passado por Cristina Rodrigues.
A deputada não-inscrita defendeu também junto do Governo que o OE2022 tenha verba para "a criação de espaços diferenciados em instituições de saúde (alas/quartos separados) para mulheres que sofreram perda gestacional", matéria que foi objeto de recomendação ao Governo recentemente pelo parlamento, aprovada por unanimidade a partir de uma proposta sua.
Entre outras propostas, Cristina Rodrigues quer também "o levantamento das necessidades dos hospitais para criação das condições necessárias para assegurar a presença do pai, outra mãe ou pessoa significativa durante o parto", conforme previsto na lei, mas que "não foi ainda cumprido".
No campo fiscal, a deputada propõe o fim da isenção da taxa de IVA que atualmente os jogos sociais tipo raspadinhas usufruem, passando a ser taxados a 23%, "devendo uma parte deste valor ser investido em campanhas e programas de prevenção de adição ao jogo".
No mesmo sentido, Cristina Rodrigues defende que a taxa de IVA dos serviços associados à compra e venda de animais de companhia, passe de 6 para 23%, argumentando que o país "tem problemas de sobrepopulação de animais de companhia".
O objetivo da medida é promover a "adoção de animais de companhia e que a alimentação e cuidados médico-veterinários devem ser mais acessíveis", já que estes são taxados a 23%.