Afeganistão. Rui Tavares lembra que "responsabilidade política é nossa"
O dirigente do Livre sublinhou que foi "contra a guerra no Afeganistão desde o início".
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Política Afeganistão
Rui Tavares, historiador e membro fundador do Livre, deixou, esta manhã um breve comentário sobre o fim da guerra no Afeganistão e a consequente vitória dos talibãs após terem conquistado a capital, Cabul, este domingo.
"Fui contra a guerra no Afeganistão desde o início - como provavelmente muitos de vocês. Mas o nosso país esteve envolvido - vários governos e maiorias parlamentares", começou por apontar numa mensagem partilhada na sua página oficial do Twitter.
Nesse sentido, prosseguiu Rui Tavares, "a responsabilidade política é nossa".
Ainda de acordo com o historiador, a questão que se prende neste momento sobre a matéria é compreender o que os países podem fazer agora.
Fui contra a guerra no Afeganistão desde o início — como provavelmente muitos de vocês. Mas o nosso país esteve envolvido — vários governos e maiorias parlamentares. Nesse sentido, a responsabilidade política é nossa. A questão é: que podemos fazer agora? Segue o fio.
— rui tavares (@ruitavares) August 16, 2021
A situação no Afeganistão será ainda debatida na terça-feira numa reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27, na qual Portugal será representado pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, já que Santos Silva está atualmente de férias.
Depois de várias ofensivas iniciadas em maio deste ano, na sequência do anúncio dos Estados Unidos da retirada final dos seus militares do Afeganistão, os talibãs conquistaram no domingo a última das grandes cidades que ainda não estavam sob seu poder - a capital, Cabul -, tendo hoje declarado o fim da guerra no Afeganistão e a sua vitória.
O presidente afegão, Ashraf Ghani, abandonou o país no domingo, quando os talibãs estavam às portas da capital, enquanto os líderes do movimento radical islâmico se apoderavam do palácio presidencial.
A entrada das forças talibãs em Cabul pôs fim a uma campanha militar de duas décadas liderada pelos Estados Unidos e apoiada pelos seus aliados, incluindo Portugal.
As forças de segurança afegãs, treinadas pelos militares estrangeiros, colapsaram antes da entrada dos talibãs na cidade de Cabul.
Milhares de afegãos, em Cabul, tentam fugir do país e muitos dirigiram-se para o aeroporto internacional onde a situação é caótica.
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