"Trabalhar já não é suficiente para as pessoas não serem pobres"
Francisco Rodrigues dos Santos, à margem de uma visita à 56.ª edição da Capital do Móvel, no Porto, advogou ainda que "o Estado ignora a realidade dos nossos empresários" e que "a nossa classe média está a ser esmagada com impostos".
© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images
Política Francisco Rodrigues dos Santos
O presidente centrista prosseguiu, afirmando que em Portugal há "doentes - e são milhões - [que] não conseguem ser atendidos no SNS por sobrecarga do nosso sistema público de Saúde" e "idosos não compram medicamentos não têm rendimentos".
Rodrigues dos Santos sublinhou ainda que há "jovens que não conseguem começar uma vida ativa, porque nem sequer conseguem ter acesso a uma habitação condigna e a um posto de trabalho".
Portugal é ainda um país "onde os nossos empresários se endividaram para conseguir vencer a pandemia da Covid, porque o Governo não lhes apresentou linhas de crédito a fundo perdido que injetassem liquidez nas suas empresas e lhe permitissem superar esta crise pandémica através de entradas de dinheiro que não significassem o aumento do seu passivo".
"O Estado ignora a realidade dos nossos empresários", frisou, explicando a afirmação: "Porque desconhece - porque os seus amigos não têm essa experiência de vida -, que aqueles que vivem dos seus rendimentos e não dependem do Estado só tem uma coisa garantida ao início do mês - são as despesas fixas e o pagamento dos salários aos seus trabalhadores".
"Classe média está a ser esmagada com impostos"
Na mesma declaração - e questionado sobre um eventual desdobramento dos escalões do IRS -, Francisco Rodrigues dos Santos considerou que "a nossa classe média está a ser esmagada com impostos".
"Nunca os portugueses pagaram tantos impostos ao Estado como hoje", reiterou o líder centrista, acrescentando que tal ocorre atualmente "porque nunca foi preciso pagar uma máquina do Estado tão grande" que é "um verdadeiro sufoco na vida das famílias e das empresas".
Para o presidente do CDS, esta era uma "excelente oportunidade para se dar mais capacidade de poupança às famílias e mais liberdade para poderem acumular rendimentos e poderem fazer as suas escolhas".
"Em Portugal, parece que as pessoas pagam para trabalhar. Trabalhar não compensa. O elevador social está avariado porque, pese embora as pessoas tenham um emprego, não conseguem fugir a uma situação de pobreza", terminou.
[Notícia atualizada às 12h22]
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