Óbito/Sampaio: Bolieiro destaca "legado que muito honra a democracia"

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, lamentou hoje a morte de Jorge Sampaio e salientou que o antigo Presidente da República deixa um "legado que muita honra a democracia portuguesa".

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© Facebook/ José Manuel Bolieiro

Lusa
10/09/2021 13:25 ‧ 10/09/2021 por Lusa

Política

Óbito/Sampaio

 

"O presidente Jorge Sampaio deixa um legado que muito honra a democracia portuguesa e o prestígio da Presidência da República. Em nome pessoal, em nome do Governo da Região Autónoma dos Açores, deixamos a nossas condolências", declarou Bolieiro, na sede da Presidência do executivo açoriano em Ponta Delgada.

Para o líder regional, Jorge Sampaio foi uma referência incontornável da vida cívica" portuguesa, sobretudo no "apoio solidário" aos migrantes.

Bolieiro, eleito pela coligação PSD/CDS-PP/PPM, destacou ainda a "especial sensibilidade humanitária" de Jorge Sampaio, que foi capaz de distinguir o povo português internacionalmente "enquanto povo humanitário e solidário".

"Renovo por isso em nome do Governo da Região Autónoma dos Açores e o respeito por esse luto nacional que agora viveremos após o sue falecimento", afirmou o social-democrata.

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.

Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.

Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.

Leia Também: Sampaio reconheceu "o papel dos empresários", lembra AEP

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