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Óbito/Sampaio: Chega salienta papel no regime democrático

O Chega reconheceu hoje o "papel de relevante protagonista" de Jorge Sampaio no regime democrático português, apesar de considerar que o "pensamento político" do estadista está "nos antípodas" do partido.

Óbito/Sampaio: Chega salienta papel no regime democrático
Notícias ao Minuto

14:48 - 10/09/21 por Lusa

Política Óbito/Sampaio

"O Chega está nos antípodas do pensamento político de Jorge Sampaio, muitas das suas decisões políticas revoltaram a direita e o centro-direita, mas reconhece-se o seu papel de relevante protagonista do regime democrático português", lê-se num comunicado hoje divulgado pelo partido.

Na nota, o Chega envia "as suas sentidas condolências e sentimentos" à família e amigos de Jorge Sampaio, assim como ao PS, e informa que irá suspender, durante o dia de hoje, "todos os atos de campanha autárquica que ainda seja possível cancelar".

Numa curta declaração vídeo, o líder do Chega, André Ventura, também referiu que Jorge Sampaio "teve um papel relevante no regime democrático português das últimas décadas", dando o exemplo da independência de Timor-Leste.

"Talvez muito poucas vezes tenha concordado com Jorge Sampaio, talvez se possa dizer que está nos antípodas do pensamento do Chega, mas hoje o Chega também reconhece o papel de relevo que teve na democracia portuguesa durante o seu mandato de Presidente da República, nos vários cargos públicos que exerceu", salientou.

O líder do Chega transmitiu à família e aos amigos" os "sentimentos e condolências" e afirmou que espera que a "memória de Jorge Sampaio perdure, e certamente perdurará", no "conhecimento, memória e na ação política em Portugal".

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.

Antes do 25 de Abril de 1974 foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.

Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.

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