Líderes do CDS e Chega no velório para destacar papel importante do ex-PR
Os presidentes do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, e do Chega, André Ventura, estiveram esta tarde no velório de Jorge Sampaio, assinalando o importante papel do Presidente da República independentemente das diferenças ideológicas.
© David Tiago / Global Imagens
Política Óbito/Sampaio
O primeiro a chegar, e a falar depois aos jornalistas à saída do picadeiro real, onde decorre o velório de Jorge Sampaio até às 23h, foi Francisco Rodrigues dos Santos.
"Vim expressar, em meu nome pessoal e do CDS, as mais sinceras condolências pelo falecimento do ex-Presidente Jorge Sampaio que, como é sabido, era um democrata convicto, um fervoroso socialista - e que por isso o afastavam por razões ideológicas de um partido como o CDS -, mas era essencialmente um homem de causas, um humanista que se dedicou ao serviço e à luta pela liberdade", enalteceu.
O líder centrista destacou "as causas da independência de Timor-Leste, da defesa dos refugiados, da luta pelos oceanos", reconhecendo "o papel político que desempenhou em Portugal nos cargos públicos, assumindo-se como socialista quer na câmara de Lisboa quer como Presidente da República".
Já André Ventura, que chegou pouco depois, referiu que "estando nos antípodas do pensamento político do doutor Jorge Sampaio", entendeu ser seu dever deslocar-se ao velório.
"Jorge Sampaio teve um papel relevante no Portugal recente, no Portugal democrático, teve um papel importante em muitas questões, por exemplo na independência de Timor-Leste", sublinhou.
O líder do Chega admitiu que não concordou "com muitas das coisas que Jorge Sampaio fez e disse", mas considerou que hoje não é o momento de se recordar isso, até porque em "democracia há lugar para todos".
"Jorge Sampaio -- acho que se pode dizer assim -- dentro das contingências políticas acho que foi um homem bom. Bom pessoalmente e um homem que deu aquilo em que acreditava à democracia portuguesa", afirmou, usando a expressão de "homem bom" que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, utilizou na sexta-feira, nas primeiras declarações sobre a morte de Jorge Sampaio.
Na perspetiva de Ventura, "quando é assim", quer opositores, quer militantes quer apoiantes "devem prestar a sua homenagem".
Jorge Sampaio, antigo secretário-geral do PS (1989/1992) e Presidente da República (1996/2006), morreu na sexta-feira, aos 81 anos, no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, Oeiras, onde estava internado desde 27 de agosto, na sequência de dificuldades respiratórias.
O Governo decretou três dias de luto nacional, entre hoje e segunda-feira, e cerimónias fúnebres de Estado.
Hoje decorre, até às 23h00, o velório, enquanto o funeral, com honras de Estado, se realiza no domingo, antecedido por uma homenagem no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
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