À margem de um jantar da Comissão de Honra da sua candidatura, Tiago Barbosa Ribeiro salientou o "progressivo definhamento" do Porto sob a égide de Rui Moreira.
Numa noite em que os pesos pesados do PS Porto foram chamados à campanha, o destaque foi para a presença de último presidente da Câmara Municipal do Porto eleito pelo PS, Fernando Gomes.
"É muito importante para mim ter ao meu lado inequivocamente aquele que foi o melhor presidente da Câmara Municipal do Porto até hoje. É para mim uma honra indescritível ter comigo Fernando Gomes que, enquanto presidente da Câmara Municipal do Porto, em nome do PS, trouxe verdadeiramente o Porto para o século XXI", considerou.
Tiago Barbosa Ribeiro recorreu à memória e à História da cidade para elencar "a marca" do ex-autarca.
"Foi com Fernando Gomes e com a sua equipa que tivemos projetos estruturantes que ainda hoje marcam, em 2021, a nossa cidade: o metro do Porto, a Capital Europeia da Cultura, Casa da Música, Coliseu, Rivoli, Teatro Campo Alegre, Porto Património Mundial, a eliminação de três mil barracas, o Parque da Cidade, o Parque da Pasteleira e podia continuar aqui a noite toda", enumerou.
Confrontado com mais um apelo de Rui Moreira para uma maioria absoluta, o candidato socialista não mostrou preocupação com esse cenário: "Essa questão não se vai colocar porque nós estamos aqui para disputar a presidência da Câmara Municipal do Porto e para vencer as eleições no próximo domingo", respondeu.
No entanto, e caso o cenário de maioria absoluta para Rui Moreira se confirme, o socialista" traçou aquela que considera que seria a realidade: "Dou um exemplo muito recente que teve a ver com a destruição do Museu do Romântico. Foi feita nas costas da cidade, sem consulta ao Conselho Municipal de Cultura, sem nenhum diálogo sobre aquilo que é a visão que os portuenses têm direito a ter sobre aquele que é o seu património", começou.
"Sendo um caso simbólico muito recente (...) é bem representativo do que seria uma maioria sem contrapeso, uma maioria arrogante, sem capacidade de escrutínio e de intervenção política de outras forças", terminou.
Isto porque, acusou, o atual presidente teve no último mandato "tiques que não são compagináveis com aquilo que deve ser a cidade do Porto, uma cidade aberta tolerante, uma cidade participada".
Já à mesa, ladeado pelo candidato à Assembleia Municipal, Fernando Martins, e pelo ex-presidente da autarquia Fernando Gomes, o cabeça de lista do PS, que se congratulou por ter na sua Comissão de Honra figuras de vários quadrantes da sociedade, fez questão de salientar a presença de Fernando Araújo, presidente do Conselho de Administração do Hospital de S. João, e Rui Sarmento e Castro, responsável pela equipa anti-covid-19 do Hospital de Santo António.
"Representantes de um setor responsável por aquilo que de melhor tem acontecido no combate à pandemia. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem sido uma marca distintiva no combate à pandemia, de valorização do Estado Social, daqueles que são os valores fundacionais, perenes, do PS", explicou.
Os cabeças de lista para a Câmara Municipal do Porto nas eleições de domingo são Rui Moreira (movimento independente "Rui Moreira: Aqui há Porto" - apoiado por IL, CDS, Nós, Cidadãos!, MAIS), Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Vladimiro Feliz (PSD), Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Bebiana Cunha (PAN), António Fonseca (Chega), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), Bruno Rebelo (Ergue-te) e Diamantino Raposinho (Livre).
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