Inês Sousa Real. "Apresentámos um programa eleitoral mais do que digno"
Inês Sousa Real, do PAN, foi a terceira líder partidária a comentar os resultados da noite eleitoral. "Não podemos estar mais com o sentido de missão cumprido", sublinhou.
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Política Inês Sousa Real
Após as declarações de Jerónimo de Sousa e de Catarina Martins, Inês Sousa Real, do PAN, foi a terceira líder partidária a comentar os resultados da noite eleitoral. A partir de Lisboa, começou por agradecer a todos os que fazem do partido "a grande força PAN".
"As eleições para os órgãos das autarquias locais revestem, este ano, da maior importância para o país", considerou em seguida, acrescentando que "são, efetivamente, uma das maiores proximidades com aquilo que vai ser a execução não só do PRR, mas da retoma socioeconómica".
A líder do PAN destacou o "elevado sentido de responsabilidade" com que o partido se apresentou nestas autárquicas, frisando a "energia, motivação e esperança para podermos fazer a mudança naquilo que acreditamos serem as respostas necessárias para os desafios".
A "salvaguarda" dos direitos sociais e dos Direitos Humanos, nas palavras de Inês Sousa Real, "mais do que nunca não podem ter quaisquer retrocessos". "Não podemos estar mais com o sentido de missão cumprido. Trabalhámos, apresentámos um programa eleitoral mais do que digno, mais do que próximo daquilo que foi o contacto com a população, mas também virado para o futuro", asseverou.
O PAN, garantiu, "esteve sempre ao lado de todas as pessoas, com e para elas", com "conhecimento das políticas locais". Mas, "para que haja lugar às mudanças é preciso, antes de mais, que cada cidadão exerça o seu direito de voto e que, ao fazê-lo, aposte em projetos que realmente ofereçam uma alternativa e que não sejam mais do mesmo", apelou.
Sousa Real lamentou ainda, por fim, que "ato após ato" eleitoral, não se consiga "mobilizar as pessoas para irem votar". "Mas não podemos, como outros o têm feito, encarar a crescente abstenção como um ato normal, nem desculparmo-nos" com a pandemia, disse.
"PAN é a única alternativa no atual panorama político nacional"
Questionada sobre se mantém a confiança em eleger mais deputados municipais ou até um vereador, o grande objetivo da noite eleitoral do PAN, a porta-voz respondeu: "Evidentemente que sim".
Naquelas que são as primeiras eleições com Inês Sousa Real à frente do PAN, a líder acrescentou que está a acompanhar a noite eleitoral "com muita tranquilidade", certa de que "o PAN é a única alternativa no atual panorama político nacional, o único partido que defende de forma integrada os direitos humanos e sociais, que luta também pelos direitos dos animais e pela preservação da natureza" e o único que assume a necessidade "de um planeta mais vivo, custe a quem custar".
"E mesmo que não tenhamos, muitas das vezes, do nosso lado, outras forças políticas, continuaremos sempre a enfrentar os interesses que até aqui têm estado instalados e não esquecer que o poder local tem e terá sempre uma palavra a dizer naquilo que é a preservação das nossas cidades, tornando as cidades protetoras da Terra", advogou.
Sobre se prevê uma má noite para o partido, que em 2017 elegeu 27 deputados municipais e seis em assembleias de freguesia, Inês Sousa Real respondeu que "ainda é cedo para qualquer tipo de conclusão, tendo em conta não só o apuramento nas áreas metropolitanas e também onde o PAN apresentou candidaturas que ainda se encontra por realizar".
"Seja qual for o resultado, o PAN tem a plena consciência que não deixará de trabalhar com e para as pessoas em prol das causas que acredita e que defende", vincou.
Num discurso em que voltou a lamentar os números da abstenção nestas autárquicas, que rondam os 45 a 50%, de acordo com projeções divulgadas pela RTP e pela SIC, a porta-voz do PAN disse que esta "é uma noite que já de si é histórica", destacando que o partido se apresentou a 44 assembleias municipais, a 43 câmaras municipais, 69 juntas de freguesia, chegando desta forma a mais 11 municípios do que em 2017".
[Notícia atualizada às 00h37]
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