A saída de Ana Rita Bessa da bancada parlamentar do CDS deixou livre uma 'vaga' que seria ocupada por Sebastião Bugalho (o que não se confirmou). As informações chegaram ao líder do partido, Francisco Rodrigues dos Santos "pela comunicação social"; Telmo Correia não o informou.
Em entrevista ao Expresso, o presidente do CDS garante que "não foi envolvido" nestas alterações à representação dos centristas na Assembleia da República. "Devia ter sabido pelos canais formais e próprios dentro do CDS. Telmo Correia, Sebastião Bugalho, alguém me devia ter dito", considera.
Assim, Rodrigues dos Santos assume que só foi informado pelas notícias que viu: "Soube de tudo pela comunicação social".
Recorde-se que a deputada renunciou ao mandato, tendo o presidente do grupo parlamentar do partido, Telmo Correia, confirmado, na terça-feira, em comunicado enviado às redações, que seria Sebastião Bugalho a assumir o lugar deixado por Ana Rita Bessa.
O próximo nome na lista do CDS por Lisboa às eleições legislativas de 2019 era o de Isabel Galriça Neto, que recusou o regresso ao Parlamento, possibilitando, então, a entrada do ex-jornalista e comentador televisivo.
Contudo, esta quinta-feira, Sebastião Bugalho, que era o número seis na lista do CDS às eleições legislativas de 2019 pelo círculo de Lisboa, disse ter manifestado ao líder da bancada, Telmo Correia, a sua indisponibilidade para assumir o lugar de deputado.
Na nota, explicou que "as circunstâncias políticas (do CDS)" e as suas circunstâncias profissionais "não só não são as mesmas que existiam" quando foi convidado a integrar as listas do partido, como atualmente "não se aparentam conciliáveis entre si".
A saída de Ana Rita Bessa foi a terceira na bancada democrata-cristã desde o início da legislatura, em 2019, depois de a antiga líder do CDS-PP, Assunção Cristas, ter sido substituída por João Gonçalves Pereira, que, por sua vez, quando saiu cedeu o lugar a Pedro Morais Soares.
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