Segundo relataram à Lusa conselheiros presentes na reunião, Pedro Melo, vice-presidente do partido, considerou que o CDS teve um "grande resultado" e apontou um "crescimento substancial da força autárquica", uma vez que está no governo de "quase 50 câmaras", a maioria através de coligação.
Na sua ótica, o CDS "estava débil" depois das europeias de 2019, nas quais Nuno Melo foi cabeça de lista, e "continuou a definhar com as legislativas", mas agora "não só não está a desaparecer, como está mais forte".
O vice-presidente acusou os críticos internos, "sempre os mesmos", de fazerem "oposição profissional" à atual direção e de "desvalorizarem o que tem sido feito, que tem sido muita coisa", o que na sua opinião "causa dano a todo o partido".
Apontando que se iniciou um novo ciclo político, Pedro Melo realçou que o CDS está agora "muito mais forte e melhor preparado para o enfrentar" e está "hoje muito melhor do que em 2019", antes de esta direção, liderada por Francisco Rodrigues dos Santos, tomar posse.
Na mesma linha, o presidente do congresso, Martim Borges de Freitas, defendeu que "não se pode dizer que tenha sido um mau resultado do CDS" e afirmou que o partido "cresceu significativamente".
Segundo transmitiram à Lusa conselheiros, o secretário-geral do CDS-PP, Francisco Tavares, falou num "excelente resultado, contra tudo e todos, contra todas as previsões", enaltecendo que o partido "contornou o declínio que vinha a ter em atos eleitorais".
Quanto a números, disse ser "impossível" os opositores "terem dados finais".
Francisco Tavares revelou ainda que "a uma semana da campanha", o CDS teve "uma penhora de 40 mil euros" relativa a "despesas das autárquicas de 2001".
Ao longo do dia, vários conselheiros contrariaram a narrativa da direção, entre os quais os deputados João Almeida e Cecília Meireles, que argumentaram que o CDS-PP perdeu votos e mandatos.
O Conselho Nacional do CDS-PP está reunido por videoconferência e à porta fechada desde cerca das 11h00, para analisar os resultados das eleições autárquicas e marcar o 29.º congresso do partido, que será antecipado, e deverá realizar-se em 27 e 28 de novembro.
São candidatos à liderança do CDS o atual líder, Francisco Rodrigues dos Santos, e o eurodeputado centrista e presidente da distrital de Braga, Nuno Melo.
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