Eduardo Rodrigues reeleito presidente da Área Metropolitana do Porto
Eduardo Vítor Rodrigues foi reeleito hoje presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), assumindo um novo mandato ao lado dos autarcas de São João da Madeira e da Trofa, que assumem os cargos de vice-presidentes.
© Facebook/Eduardo Vítor Rodrigues
Política Porto
Na eleição que decorreu esta manhã, por voto secreto, participaram 16 dos 17 presidentes de câmara da AMP, tendo a votação a favor da eleição de Eduardo Vitor Rodrigues sido unânime entre os presentes.
À Lusa, o reeleito presidente da AMP explicou que a presidente da Câmara de Arouca, Margarida Belém, que no último mandato foi vice-presidente, não participou na votação, por "razões de última hora", tendo, contudo, expressado o seu apoio à sua liderança.
No mandato que agora se inicia, a direção do Conselho Metropolitano do Porto (CmP) será ainda composta pelo socialista Jorge Sequeira que lidera a Câmara de São João da Madeira, e pelo social-democrata Jorge Humberto, presidente do município da Trofa, com quem no passado teve alguns confrontos de opinião, que levou até Sérgio Humberto a abandonar uma reunião daquele órgão.
"As indicações são partidárias. Como sempre disse, tenho muita disponibilidade para que as pessoas se revejam na minha liderança, é esse propósito, estarmos unidos nesse percurso", afirmou Eduardo Vítor Rodrigues em declarações no final da eleição.
O autarca que lidera a Câmara de Vila Nova de Gaia acrescentou que "as relações institucionais estão sempre acima do resto", salientando que, no caso da Trofa, "o que está para trás é muito positivo", ao ter "introduzido os desígnios do metro nos trofenses".
O incidente aconteceu no dia 02 de dezembro, durante a discussão do ponto três da ordem de trabalhos, que fixou a realização em simultâneo das 17 assembleias municipais para aprovação do novo membro da Comissão Executiva Metropolitana.
À data, Sérgio Humberto acusou Eduardo Vítor Rodrigues de faltar à verdade em relação a este processo que no seu entender "é tão simples".
Por tradição, se no mandato anterior foi indicado um autarca de um município a sul da AMP, no mandato seguinte os partidos, neste caso o PSD, indica para o cargo de vice-presidente um autarca da zona norte, sendo que, entre os três disponíveis -- Maia, Póvoa de Varzim e Trofa - só Sérgio Humberto poderia assumir o cargo, uma vez que os outros dois autarcas integram os conselhos de administração da Metro do Porto e da Lipor, respetivamente.
No mandato anterior, Eduardo Vítor Rodrigues tinha a seu lado o presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa (PSD), e a presidente da Câmara de Arouca, Margarida Maria de Sousa Correia Belém (PS).
Quanto à Comissão Executiva, a votação da lista nominativa ficou adiada para 18 de novembro, ficando, contudo, já assente um acordo de princípio para o reforço daquele órgão de três para cinco elementos executivos, proposta que vinha já sendo defendida por Eduardo Vítor Rodrigues no mandato anterior.
"É um reconhecimento óbvio. Nós, neste momento, temos uma Área Metropolitana que tem um número reduzidíssimo de técnicos. Tem menos técnicos do que algumas das maiores juntas do país e temos que gerir o Portugal 2020 - que ainda temos um ano e meio pela frente - temos o novo [quadro comunitário] 2030 e o PRR [Plano de Recuperação de Resiliência] que nos vai cair em cima em tudo o que diz respeito a educação, ação social, comunidades desfavorecidas. E é preciso reconhecer que os presidentes de câmara podem ter muita vontade e disponibilidade, mas há um trabalho diário para o qual é preciso uma estrutura intermédia", afirmou, salientando que a estes dossiers há que somar a descentralização.
No mandato que agora termina, a Comissão Executiva era liderada por Mário Rui Soares, primeiro-secretário, que está de saída assim como Lino Ferreira, também elemento daquele órgão. Ambos, segundo Eduardo Vitor Rodrigues, tinham manifestado vontade de sair.
À Lusa, o autarca reiterou ainda que o dossier do concurso internacional para o transporte rodoviário na AMP será tratado na primeira reunião do CmP, na última semana de novembro. Contudo, admitiu que algumas das decisões que possam vir a ser tomadas depois de conhecido o novo estudo económico, possam ter de ficar suspensas até à conclusão dos processos judiciais ainda em concurso e para os quais já houve uma primeira decisão.
Embora acredite que as decisões judiciais possam ser céleres, Eduardo Vitor Rodrigues sublinhou que há um trabalho de análise que tem de ser feito pelos municípios, o de perceber que "se não era mais ajustado refazer o concurso nos seus cálculos", uma vez que a procura dos transportes públicos ainda está aquém do período pré-pandemia.
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