"Não faço favores a todos aqueles que acham que o CDS é sua propriedade"

O líder do CDS-PP comentou, esta noite, em entrevista à TVI24, a situação interna do partido. Para o centrista "é urgente que nas próximas eleições legislativas haja oportunidade para o CDS se mostrar renovado, refrescado".

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Sara Gouveia
10/11/2021 23:48 ‧ 10/11/2021 por Sara Gouveia

Política

CDS-PP

Francisco Rodrigues dos Santos sentou-se, na noite desta quarta-feira, para uma entrevista na TVI24 sobre a situação do CDS-PP. Para o atual líder do partido, tudo tem sido feito para evitar que a sua direção possa dar destaque aos novos rostos que pretende propor e que representam "a nova ideia de CDS", sentindo ainda que desde que foi eleito que a sua liderança não é respeitada pela outra ala do partido.

Rodrigues dos Santos alegou, aludindo às tensões internas que se vivem por estes dias dentro do CDS, que "nem depois das conquistas respeitam a legitimidade no partido". "No Parlamento não estou sentado, sou o único líder partidário que não está lá", recordou, tendo referido também: "Não faço fretes, nem favores a todos aqueles que acham que o partido é sua propriedade".

Para o centrista "é urgente que nas próximas eleições haja oportunidade para o CDS se mostrar renovado, refrescado" e que se consiga introduzir no espectro político "uma ideia de novidade", o que refere não ter vindo a ser possível.

Questionado sobre se os resultados do partido dependem do que conseguirem fazer nesta campanha eleitoral, foi perentório: "Claro que sim". Mas sobre se seria mais fácil tentar "arrumar a casa num congresso", tendo em conta que este só acontecerá depois das legislativas, Francisco Rodrigues dos Santos diz achar que não, porque "a casa nunca ficaria arrumada no Congresso".

"Há um semanário muito conhecido no nosso país que já noticiava esta debandada dos "Portistas" caso eu vencesse o próximo Congresso. O que me estão a fazer agora corresponde exatamente ao estilo que tiveram durante os meus dois anos de mandato e que não seria diferente se eu vencesse o próximo congresso, com uma nuance: é que teria muito menos tempo para recuperar até às legislativas do dano que estariam a causar ao partido", atirou.

Sobre as eleições no horizonte, Francisco Rodrigues dos Santos recorda que faltam seis semanas e que se perdessem "metade desse tempo com uma luta interna sobravam três semanas para falar para o país". "Não quero dar uma borla ao Partido Socialista, quero rapidamente começar a falar para o país, para impedir que esta pré-campanha que o PS está a fazer enquanto governa seja realmente posta no limite da impossibilidade e que o partido possa recuperar os seus eleitores e construir uma alternativa", explicou.

Fugindo à resposta sobre qual a meta que tem para as eleições, disse apenas que "os objetivos do CDS não são mensuráveis em resultados eleitorais". "Posso dizer que o meu objetivo é que o CDS dê representação a uma direita social e conservadora, que coloque a nação acima do indivíduo, que não acredite em liberdades absolutas e que permita recuperar o elevador social". Para o centrista avançar com números concretos são "futurologias que não interessam nada aos portugueses, porque os votos têm de se merecer".

Quanto à decisão de não haver um congresso eletivo antes das eleições legislativas, Rodrigues dos Santos garantiu já ter virado a página e que será o candidato às legislativas, "porque foi isso que o Conselho Nacional decidiu" e, rematou, está "confiante.

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