"PSD e CDS juntos já provaram que palavra vale mais do que uma escritura"

O líder do CDS-PP afirmou hoje que o seu partido e o PSD "já provaram que a palavra vale muito, mais do que uma escritura", e que as duas forças políticas dão condições para uma estabilidade governativa.

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© André Luís Alves | Global Imagens

Lusa
12/11/2021 19:07 ‧ 12/11/2021 por Lusa

Política

Legislativas

"O que eu creio é que PSD e CDS juntos, no passado, já provaram que a palavra vale muito, mais do que uma escritura e que por si só dá condições de estabilidade governativa para se poder apresentar um plano de Governo para o país", disse Francisco Rodrigues dos Santos.

O líder democrata-cristão falava aos jornalistas na Golegã, distrito de Santarém, onde hoje visitou a Feira Nacional do Cavalo, e comentava as declarações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que classificou como "um absurdo" falar-se da exigência de um acordo escrito aos partidos ainda antes das eleições antecipadas de 30 de janeiro.

Francisco Rodrigues dos Santos considerou que "PSD e CDS, por serem dois partidos institucionais e de palavra, por terem um histórico na governação de Portugal, dispensaram já no passado acordos escritos de governação".

"E creio que os portugueses precisam de estabilidade e ela só pode vir de dois partidos sensatos que têm, naturalmente, responsabilidades históricas na governação de Portugal e que nas alturas de crise sempre ajudaram a pagar a conta da esquerda e a reerguer Portugal", continuou.

Para o presidente do CDS-PP, "isto pode acontecer nas próximas eleições legislativas".

"Cabe-nos a nós dar esta postura de liberdade aos portugueses, de recuperação económica e social, de lhes devolver a esperança e dizer que é possível derrotar a esquerda se os nossos dois partidos estiverem focados naquilo que é essencial, que é dialogar com os portugueses, mobilizar os nossos eleitores", adiantou.

O Presidente da República classificou hoje como "um absurdo" falar-se da exigência de um acordo escrito aos partidos ainda antes das eleições antecipadas de 30 de janeiro, considerando que essa "não é uma regra" da democracia portuguesa.

"É um absurdo antes de o povo escolher o Presidente estar a pronunciar-se sobre aquilo que ele deve escolher e em que termos deve escolher, isso não existe", respondeu Marcelo Rebelo de Sousa, em Albufeira, quando questionado sobre a eventual exigência de um acordo escrito para o novo aeroporto de Lisboa.

Também hoje a coordenadora bloquista, Catarina Martins, afirmou que "nunca haverá um Governo de direita se o Bloco de Esquerda o puder impedir", considerando que o que interessa ao país é discutir "qual é o peso da esquerda" e não a direita.

Francisco Rodrigues dos Santos declarou que "há uma linha vermelha para estas eleições legislativas da parte do CDS, é impedir que a esquerda continue a governar Portugal, porque é responsável pelos maiores ataques à liberdade e por um retrocesso social e económico como que não há memória".

Para o presidente do CDS-PP, tudo o que depender do partido "não haverá um único ministro de esquerda no próximo Governo de Portugal".

Leia Também: "Não faço favores a todos aqueles que acham que o CDS é sua propriedade"

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