O primeiro-ministro recebe, entre esta terça e quarta-feira, os partidos com representação parlamentar sobre a situação epidemiológica em Portugal, num momento em que o país regista um crescimento de casos de Covid-19 e antes de o Governo aprovar novas medidas.
Após o encontro, André Ventura, deputado único do Chega, revelou ter salientado a António Costa a importância de não voltar a ter, em Portugal, "qualquer tipo de confinamento".
"Não deveremos voltar a ter encerramento de estabelecimentos ou de setores, mesmo, naturalmente, que alguns setores sejam mais expostos ao risco e devemos compreender que o crescimento desta dita quinta vaga obrigará a reforçar algumas medidas de controlo e de segurança", explicou o parlamentar.
Desta forma, o Chega pediu ao Governo "medidas que possam ser conciliadoras ao máximo" para que o novo quadro parlamentar não se confronte com medidas "em que nada esteve de acordo".
De acordo com André Ventura, António Costa mostrou recetividade "para ouvir essas propostas" e mostrou também disponibilidade para "conciliar ao máximo" este tipo de medidas.
O que parece estar em cima da mesa, segundo o parlamentar, é "a exigência de certificados de vacinação, de recuperação ou testes", "um controlo acrescido em eventos com maior exposição de riscos", como concertos, discotecas, bares, eventos desportivos, onde "poderá vir a ser exigido a combinação de certificado com teste feito até 48 horas antes", algo que André Ventura considera ser "melhor, mais aceitável" do que simplesmente encerrar os setores.
O que também está em discussão é a obrigatoriedade do uso de máscara. "O Chega reforçou que, sendo aceitável o reforço do uso de máscara em espaços fechados, é desajustado o uso de máscaras na rua", sublinhou.
Leia Também: Governo não quer "voltar a confinar atividades económicas"