À saída do Europarque, em Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, Luís Montenegro foi questionado pelos jornalistas sobre a intervenção do presidente social-democrata, Rui Rio, na abertura da reunião magna, considerando que este foi "um balanço deste mandato".
"Numa primeira parte, na análise dos resultados eleitorais, e numa segunda parte, fez uma análise sobre temas que são muito importantes na agenda política do PSD, que seguramente vão estar no programa eleitoral, mas não tratou naturalmente de tudo -- se é isso que quer que eu diga, eu digo -- porque terá ainda a oportunidade de o fazer ao longo do congresso", respondeu.
Na análise do antigo candidato à liderança do PSD -- que perdeu para Rui Rio em janeiro de 2020 -- o partido "está centrado, focado em poder construir propostas mobilizadoras para o país", considerando que o discurso do presidente "também indicia isso".
Sobre o fim do recato do qual falou à entrada para a reunião magna, Montenegro explicou: "vou intervir sempre que achar que o devo fazer".
"Passou o tempo que eu achava que era necessário para feridas que eu entendo que foram demasiado profundas na militância do PSD pudessem ser saradas e acho que isso correu bem. Não estou nada arrependido. Estou muito satisfeito por hoje o PSD não ser um partido tão extremado como era há dois anos", afirmou.
O social-democrata mostrou-se "disponível para participar no debate" que decorrerá na reunião magna e comprometendo-se a dar algumas ideias já na sua intervenção de sábado.
"Mas fá-lo-ei nas próximas semanas ao longo da campanha eleitoral sempre que for chamado, quando for chamado, onde for chamado e por quem for chamado", assegurou.
Questionado sobre se considerava que o discurso de Rio tinha sido suficientemente mobilizador depois das eleições internas, Montenegro contrapôs que "o partido não esteve desunido nas diretas".
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