Ómicron? Marques Mendes diz que medidas (também) se devem a eleições
Comentador considera que o governo tomou as medidas que tomou não só pela preocupação gerada pela nova variante Ómicron como também pela aproximação das legislativas, marcadas para dia 30 de janeiro. Marques Mendes diz que “vacinação fez milagres” e explica porquê
© Global Imagens
Política Covid-19
Luís Marques Mendes usou este domingo o seu espaço de comentário na SIC Notícias para analisar os dados da pandemia e da vacinação em Portugal.
O comentador considera que o governo tomou as medidas que tomou antes do Natal não só pela preocupação gerada pela nova variante Ómicron como também pela aproximação das legislativas, marcadas para dia 30 de janeiro.
"Eu acho que são as duas ao mesmo tempo [preocupação com a variante Ómicron e a aproximação das eleições], sejamos justos, e é compreensível, todos os governos da Europa estão preocupados com a nova variante e Portugal não podia ser exceção", começa por dizer o comentador acrescentando que essa preocupação é ainda maior "sobretudo depois do que aconteceu no Natal do ano passado", ainda que este ano tenhamos o fator vacinação.
Por outro lado, o Governo também está preocupado com as legislativas, “porque se houver uma crise pandémica dentro dos hospitais a meio de janeiro ou no fim de janeiro, isso vai repercutir-se nas eleições”, sublinha.
Quanto às medidas tomadas, Marques Mendes considera-as "equilibradas, então se compararmos com outros países, são muitíssimo equilibradas", mas, alerta o comentador, há que ter em conta os setores mais afetados. "Os apoios financeiros devem chegar às pessoas", salienta o comentador sublinhando que estes são cruciais para existir um equilíbrio entre as medidas e as necessidades financeiras dos setores.
Relativamente à vacinação, o também político defende que a mesma "fez milagres" e explica, com recurso a vários quadros, porque acredita que a vacinação continua a ser a maior arma.
Começa por salientar que os internamentos baixaram e são mais expressivos em pessoas não vacinadas do que em pessoas vacinadas.
“Em cada seis pessoas internadas neste mês de outubro nesta faixa etária [mais de 80 anos], só duas estavam vacinadas”, explica com recurso a dados oficiais da Direção-Geral da Saúde e Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
Ou seja, em termos práticos, explica Marques Mendes, praticamente todos os não vacinados acima dos 80 anos acabaram por ser internados.
Relativamente aos dados dos óbitos registados em novembro, 67% dos maiores de 80 que morreram vítimas da Covid não estavam vacinados. Marques Mendes aponta que isto “são dados objetivos e rigorosos”.
“Em termos simples e práticos, em cada 10 pessoas que morreram de Covid, só três estavam vacinadas", sublinha concluindo: "Isto prova que a vacina protege da doença mais séria e da morte”.
"A vacinação ajuda imenso, temos hoje três vezes menos doentes internados e três vezes menos em unidades de cuidados intensivos do que há um ano", volta enfatizar o comentador.
"Temos 6 vezes menos óbitos a lamentar", afirma indicando que, graças às vacinas, "hoje podemos olhar para isto com tranquilidade e não com o alarmismo de há um ano".
Recorde-se que nos últimos dias Portugal tem registado números de novos casos elevados, tendo esta semana ultrapassado mais que uma vez os 10 mil casos diários. Porém, os internados são menos do que há um ano e óbitos também o que faz com que os hospitais não estejam tão sobrecarregados quanto em período homólogo em 2020.
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