"Ao contrário da direita, combatemos uma crise sem a palavra austeridade"

João Pedro Matos Fernandes realça não ter "medo nenhum das eleições", considerando que o projeto do PS conta com muitas razões que o poderão levar à vitória nas legislativas de 30 de janeiro.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Daniela Filipe
30/12/2021 09:58 ‧ 30/12/2021 por Daniela Filipe

Política

Matos Fernandes

Com as eleições antecipadas à porta, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, fez um balanço das metas alcançadas ao longo do mandato, mostrando-se “sem medo” de uma derrota do Partido Socialista (PS).

Em entrevista à CNN Portugal, o responsável realça não ter “medo nenhum das eleições”, considerando que o projeto do PS conta com muitas razões que o poderão levar à vitória nas legislativas de 30 de janeiro.

“Ao contrário do que a direita fez, combatemos uma crise sem nunca utilizar nem provocar nem concretizar a palavra austeridade, […] aquilo que temos para dizer aos mais novos não é aquilo que a direita teve, que é ‘emigrem e não sejam piegas’, [...] aquilo que temos para dizer aos mais velhos não é ‘vamos cortar-vos as pensões’ e cortá-las mesmo, todas elas foram repostas, e [...] temos um projeto que tem de ganhar muito músculo, que é o da melhoria dos salários em Portugal”, enumera.

Sobre este último ponto, Matos Fernandes salienta ser “essencial criar condições para a melhoria desses salários”, particularmente no que tocam os jovens mais qualificados. Ainda assim, é obrigação de um país dar “toda a liberdade às pessoas para fazerem o que quiserem fazer”, acrescenta.

Quanto à sua posição no governo, o ministro realça que “vai falar o povo, depois vai falar o Dr. António Costa, depois falarei eu.”

“Sobretudo, eu acho que a coisa mais normal do mundo, em qualquer momento, é deixar de ser ministro”, sustenta.

Nesse sentido, sobre os exemplos de incumprimento de medidas dados por Rui Rio, presidente do Partido Social Democrata (PSD), no que toca a incorporação de energias renováveis, eficiência energética e ainda um sistema de recolha separativa para os bioresíduos até 2023, o ministro ironiza que este “teve azar, foram todos mentira”.

“Aquilo que eu sei dizer é que com base num diagnóstico tão falso, é difícil depois que haja políticas corretas. Mas daquilo que ele enunciou como políticas ambientais, ah, comparado, por exemplo, com as propostas do José Gomes Ferreira, foram muito melhores as do Dr. Rui Rio”, lança.

Leia Também: "É muito normal" que unidade de processamento do lítio esteja em Portugal

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