PCP destaca "correção" de Sassoli apesar de "naturais divergências"
A delegação do PCP ao Parlamento Europeu (PE) manifestou hoje o seu pesar pela morte de David Sassoli, destacando a "correção" da sua atuação enquanto presidente da assembleia, apesar de "naturais divergências em momentos importantes".
© Valeria Mongelli/Bloomberg via Getty Images
Política David Sassoli
"Enquanto presidente do PE, e pesem naturais divergências em momentos importantes, David Sassoli pautou-se pela correção na relação com os vários grupos políticos, nomeadamente com o Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica que os deputados do PCP no Parlamento Europeu integram", lê-se, numa declaração à Lusa.
Os deputados do PCP assinalam ainda que, "no exercício das suas funções como presidente do PE, importa mencionar a posição corajosa que teve, em nome do rigor histórico, quando a câmara a que presidia, aprovou uma ignominiosa resolução que, procedendo a uma falsificação da história, pretendia equiparar fascismo e comunismo".
"David Sassoli, nesse momento, recorrendo até à experiência histórica do seu próprio país, veio relembrar o óbvio: que não se pode equiparar a vítima ao carrasco, considerando incorreta aquela comparação e lembrando o papel dos comunistas e da URSS na libertação da Europa do nazi-fascismo", declaram.
Os deputados do PCP no Parlamento Europeu manifestam o seu pesar "à família de David Sassoli, ao seu partido e ao grupo político no PE, o S&D", o grupo dos Socialistas e Democratas.
O presidente do Parlamento Europeu morreu hoje aos 65 anos, após mais de duas semanas num hospital em Itália, devido a uma disfunção do seu sistema imunitário.
David Sassoli contraiu uma pneumonia em setembro de 2021, que o obrigou a receber tratamento hospitalar em Estrasburgo, França, e, embora tenha recebido alta hospitalar uma semana depois, prosseguiu a recuperação em Itália e esteve mais de dois meses ausente das sessões plenárias do Parlamento, regressando no final do ano.
Na próxima semana, na primeira sessão plenária do ano, o Parlamento Europeu deverá eleger um presidente da assembleia, algo que já estava previsto a meio da atual legislatura, e não relacionado com o estado de saúde de Sassoli, sendo a maltesa Roberta Metsola, do Partido Popular Europeu, a favorita à eleição.
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