O Bloco de Esquerda (BE) lançou, na passada, terça-feira, um debate sobre assédio e violência de género na noite na Assembleia Municipal (AM) de Lisboa, deixando como recomendação à autarquia a implementação de um selo 'espaço livre de assédio' em estabelecimentos noturnos que adiram à iniciativa.
Para apresentar esta proposta, o Bloco considerou que, na sociedade, existe ainda “discriminação de género” e “sexismo", que “se expressam tantas vezes sob a forma de violência contra as mulheres”, bem como espaços noturnos frequentemente “palco de casos de assédio e de importunação sexual”.
Segundo a deputada pelo Bloco na AM Leonor Rosas, a discussão sobre esta temática levou a que os direitos das mulheres fossem também questionados. Numa publicação nas redes sociais de Leonor pode ler-se: “As direitas clamam pelos direitos dos homens, dizem que não sabemos namorar, chamam-nos ridículas e dizem que o assédio não é um assunto. Assim se vê a importância que dão aos direitos das mulheres”.
Todos os pontos da sugestão do BE foram aprovados, entre os quais a formação dos profissionais da noite, o estabelecimento de um protocolo de denúncia de assédio, violência ou importunação sexual e o compromisso dos estabelecimentos de denunciar estas situações.
O Bloco de Esquerda aconselhou a Câmara Municipal de Lisboa a criar um plano de combate à violência e assédio sexual na noite, de forma a “melhorar a resposta dada às vítimas” e ainda a sensibilizar o Governo a estender a medida a outras cidades.
Hoje, na AM de Lisboa, o Bloco vai apresentar uma recomendação pela criação de um "Selo para Espaços Livres de Assédio" para estabelecimentos noturnos que ponham em prática protocolos de combate ao assédio e à violência de género. Por uma cidade para todos e todas!
— Leonor Rosas (@LeonorRosas4) March 15, 2022
Lê-a aqui! pic.twitter.com/7QA87C5Ppy
Leia Também: CDS. Nuno Melo quer "centro-direita moderno" e militantes a pagar quotas