O Tribunal de Instrução Criminal autorizou, esta sexta-feira, Mário Machado a ir combater para a Ucrânia, após o mesmo ter dado conta da sua intenção de lutar ao lado de uma milícia de extrema direita no país, o qual tem sido alvo de inúmeros ataques por parte das forças russas.
Como noticiado por diversos órgãos de comunicação social, Machado, arguido num processo de incitamento ao ódio racial e violência e indiciado, também, pelo crime de posse de arma proibida, deixa assim de estar obrigado a cumprir a medida de coação de apresentações quinzenais numa esquadra da polícia enquanto estiver na Ucrânia.
A decisão judicial motivou uma reação de Joana Mortágua, que refere que "às vezes é muito difícil entender este país", condenando assim o veredito.
ameaça e coacção a uma procuradora da República; posse de arma de fogo E envolvido num assassinato. A razão: permitir que ao condenado alistar-se num bando armado de extrema direita na Ucrânia. Às vezes é muito difícil entender este país. 2/2
— Joana Mortágua (@JoanaMortagua) March 18, 2022
Neste âmbito, a deputada bloquista condena, em primeiro lugar, que tenham sido alegadas "razões humanitárias para libertar das suas obrigações legais um neonazi condenado por discriminação racial, coação agravada, detenção de arma ilegal, danos e ofensa à integridade física qualificada".
Em causa está um indivíduo que, como diz, foi também condenado "de difamação, ameaça e coação a uma procuradora da República", de "posse de arma de fogo" e que esteve "envolvido num assassinato".
Finalmente, Joana Mortágua mostra-se ainda contra a "razão" que está por detrás do levantamento da medida de coação aplicada a Mário Machado - "permitir ao condenado alistar-se num bando armado de extrema direita na Ucrânia".
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