"Um carreirista político veio hoje cometer um crime de calúnia ao fazer afirmações graves a meu respeito que serão resolvidas em sede própria." A afirmação é de Alexandre Guerreiro, jurista e comentador televisivo, e surge em resposta à consideração que Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social (CES), hoje fez sobre si, considerando que deve ser afastado da Presidência do Conselho de Ministros.
Mas Alexandre Guerreiro foi mais longe e, também no Twitter, assinalou: "Quando se é fã de Sócrates e de Ana Gomes e não se tem obra além de carreira partidária, só resta mesmo caluniar para se ser falado."
Na mesma publicação, o jurista acrescentou uma imagem de uma notícia publicada no site do PS, onde Assis afirmava: "José Sócrates tem hoje um imenso prestígio no plano europeu".
Um carreirista político veio hoje cometer um crime de calúnia ao fazer afirmações graves a meu respeito que serão resolvidas em sede própria.
— Alexandre Guerreiro (@ATGuerreiro) March 31, 2022
Quando se é fã de Sócrates e de Ana Gomes e não se tem obra além de carreira partidária, só resta mesmo caluniar para se ser falado. pic.twitter.com/BkexnlR0bp
A posição de Francisco Assis, antigo líder parlamentar do PS, relativamente a Alexandre Guerreiro, que já foi quadro do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e que tem justificado a intervenção militar russa na Ucrânia, consta de um comunicado pessoal que hoje enviou à agência Lusa.
"A permanência do dr. Alexandre Guerreiro junto da Presidência do Conselho de Ministros enxovalha o Estado português e colide radicalmente com o posicionamento político publicamente afirmado pelo Governo em relação à bárbara invasão russa do Estado soberano da Ucrânia", sustenta Francisco Assis.
O antigo eurodeputado do PS afirma mesmo que Alexandre Guerreiro é "um colaboracionista do autocrático e criminoso poder instalado no Kremlin", razão pela qual "não pode estar associado ao centro nevrálgico do poder político executivo português".
De lembrar que a Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.232 civis, incluindo 112 crianças, e feriu 1.935, entre os quais 149 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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