A sessão de apresentação está marcada para as 11:00, seguida de perguntas da comunicação social.
Na quinta-feira passada, Jorge Moreira da Silva anunciou, em comunicado, a sua candidatura à liderança social-democrata, dando conta que já tinha apresentado a demissão das funções de Diretor da Cooperação para o Desenvolvimento, na OCDE, cargo que ocupava desde 2016, em Paris.
"Candidato-me à liderança do PSD por sentido de responsabilidade -- atendendo às circunstâncias difíceis que tanto Portugal como o PSD enfrentam - e animado pela firme convicção de que sou portador de um projeto capaz de renovar o PSD, libertar o potencial de Crescimento Sustentável em Portugal e assegurar que os portugueses reconquistam o seu pleno Direito ao Futuro", justificou o antigo ministro do Ambiente.
A apresentação pública esteve inicialmente marcada para o final da tarde de segunda-feira, mas foi adiada devido às cerimónias fúnebres da atriz Eunice Muñoz, que decorreram entre esse dia e terça-feira.
Moreira da Silva é o segundo candidato à sucessão de Rui Rio nas eleições diretas do PSD, depois de o antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro se ter apresentado publicamente na corrida há cerca de duas semanas.
Esta será a primeira candidatura de Jorge Moreira da Silva à presidência do PSD, ao contrário de Luís Montenegro que vai disputar o cargo pela segunda vez, depois de em janeiro de 2020 ter perdido para Rui Rio, numa inédita segunda volta no partido.
Moreira da Silva tem 50 anos, foi líder da Juventude Social-Democrata (entre 1995 e 1998), deputado, eurodeputado, e primeiro vice-presidente do PSD, durante a liderança de Pedro Passos Coelho, tendo sido no seu Governo ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia.
Jorge Moreira da Silva preside ao 'think-tank' Plataforma para o Crescimento Sustentável, que fundou há 10 anos e que reúne cerca de 500 pessoas de diversos quadrantes.
Em setembro do ano passado, apresentou um livro intitulado "Direito ao Futuro" no qual defendeu que se deve discutir "menos partidarite e mais políticas públicas", e que "um líder tem de ser um líder servidor".
Foi diretor da área de Economia da Energia e das Alterações Climáticas do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), secretário de Estado Adjunto do ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, secretário de Estado Adjunto da Ministra da Ciência e do Ensino Superior e consultor do Presidente da República Cavaco Silva nas áreas da Ciência, Ambiente e Energia, entre 2006 e 2009.
Recebeu a insígnia Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, atribuída por este chefe de Estado, e a Comenda de Mérito Civil, atribuída pelo rei de Espanha.
O atual presidente do PSD, Rui Rio, que ocupa o cargo desde janeiro de 2018, já anunciou que deixará a liderança do partido depois da derrota nas legislativas de 30 de janeiro. As eleições diretas para escolher o seu sucessor foram marcadas em Conselho Nacional para 28 de maio e o Congresso vai realizar-se entre 01 e 03 de julho, no Porto.
O prazo limite para a apresentação de candidaturas à liderança do PSD é o dia 16 de maio, e estas têm, como habitualmente, de ser subscritas por um mínimo de 1.500 militantes e de ser acompanhadas de uma proposta de estratégia global e do orçamento de campanha.
Fora da corrida foram-se colocando nomes como Paulo Rangel, Carlos Moedas, Poiares Maduro, Ribau Esteves, Miguel Pinto Luz ou Pedro Rodrigues.
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