Chega diz que Governo tem "responsabilidade absoluta" de recuperar SNS
O Chega defendeu hoje que o Governo de maioria socialista tem "responsabilidade absoluta" de recuperar o Serviço Nacional de Saúde, apontando para alguns problemas como a falta de médicos de família ou infraestruturas.
© Twitter Pedro Frazão
Política Pedro Frazão
"Hoje, a meio do ano de 2022, a maioria socialista tem um governo, um orçamento, uma bancada parlamentar e um presidente da Assembleia da República. Ou seja, têm a responsabilidade absoluta de recuperar o SNS que se encontra num corpo doente, fruto de seis anos de governação numa corda esquerda e bamba", considerou o deputado Pedro Frazão, do Chega, que falava no período de declarações políticas na Assembleia da República, em Lisboa.
O deputado acusou o PS de "declarações de intenção" e "pura propaganda política" no que toca à saúde nos últimos seis anos de governação, com "resultados práticos zero".
"O preconceito ideológico é mais importante do que a saúde dos portugueses para estas bancadas da esquerda. E a prova disso é o relatório do Tribunal de Contas de 14 de maio de 2021, que concluiu que os hospitais em parcerias público-privadas de Cascais, Braga, Vila Franca de Xira e Loures estavam plenamente integrados no SNS e que geraram para o Estado uma poupança de 203 milhões de euros entre 2014 e 2019", referiu.
No entanto, criticou o deputado, "a cegueira ideológica do PS conjuntamente com a extrema esquerda decidiu acabar com estas parcerias só porque eram privadas".
"Ao contrário dos senhores a nós nada nos move nem contra o público ou privado. O que queremos é um SNS que responda às necessidades dos portugueses", vincou.
Já quanto a infraestruturas da saúde, Pedro Frazão considerou que a construção de vários hospitais -- como Lisboa Oriental, Sintra, Seixal, Central do Alentejo ou do Algarve -- "terão que sair do papel".
Outra das preocupações do Chega é a "gestão dos ativos humanos na saúde", apelando a uma "verdadeira estratégia de recursos humanos da saúde em Portugal" e alertando para os milhões de portugueses ainda sem médico de família.
"O Chega apresentou 32 propostas na área da saude para o orçamento de estado algumas delas especificas noc cuidados paliativos e nops cuidados continuados. Propostas válidas que foram reprovadas por esta câmara. Nada que os portugueses não esperassem de uma bancada que quer promover a morte por eutanásia em vez de promover e cuidar da vida", criticou Pedro Frazão.
O deputado do Chega deixou ainda outra crítica às bancadas à esquerda no hemiciclo: "Os senhores diziam que a austeridade mata pois a eutanásia não é mais do que a forma mais austera de morrer", disse.
Ao contrário do que costuma acontecer após uma declaração política de um partido, o Chega voltou a não ter qualquer pedido de esclarecimento de outra força do hemiciclo.
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