PCP e BE criticam Governo, mas afastam-se de moção do Chega
PCP e BE defenderam hoje que a moção de censura do Chega não responde aos problemas do país, criticando o Governo pela ausência de soluções para resolver o caos nos serviços públicos, concretamente no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
© Global Imagens
Política moção de censura
No debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo Chega, que decorre esta tarde no parlamento com a presença do executivo liderado por António Costa, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, fez uma interpelação ao primeiro-ministro, começando por criticar a ausência de respostas do Governo nas áreas da saúde, escolas ou atribuição das prestações sociais.
No entanto, na análise dos comunistas, a moção do Chega não apresenta qualquer resolução aos problemas do país uma vez que as políticas que o partido liderado por André Ventura defende só contribuiriam "para o agravamento" da situação.
Na área da saúde, segundo Paula Santos, o Governo do PS continua a recusar as respostas necessárias para a contratação de profissionais, avisando que ao fazê-lo é "cúmplice" com quem pretende destruir o SNS.
Também o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, fez uma interpelação a António Costa, que concordou com a ideia de que o primeiro-ministro é uma "pessoa de sorte" já que o Chega apresenta uma moção que "não vai ao fundo dos problemas do país e antes prefere fazer o joguinho da direita".
"Face aos grandes problemas do país não há nenhum conteúdo sério que valha a pena discutir", sintetizou.
De acordo com Pedro Filipe Soares, há um "sentimento de desgoverno com o caos que se vê nos serviços públicos", criticando o Governo por não ter sabido "antecipar o caos" e lamentando a "instabilidade que não é só aquela que vem do Conselho de Ministros", mas que "é sobre o futuro".
O bloquista perguntou a António Costa se esta era a estabilidade que tinha prometido às pessoas com o Governo de maioria absoluta do PS.
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