Reação contra manifesto mostra que "atingiu o alvo"
Um dos impulsionadores do manifesto que defende a reestruturação da dívida pública portuguesa, João Cravinho, disse hoje que uma reação feroz da ´troika' contra o manifesto significa que o documento "atingiu o alvo".
© Global Imagens
Política Cravinho
"Se [a ´troika'] teve uma reação feroz, só significa que o manifesto é de facto importante e atingiu o seu alvo", declarou João Cravinho em Lisboa, à margem da conferência "A Ditadura Portuguesa - porque durou, porque acabou".
Na terça-feira, o deputado do Bloco de Esquerda (BE) Luís Fazenda disse aos jornalistas que na reunião tida no parlamento com elementos da ´troika' estes mostraram uma "oposição muito feroz ao manifesto e à reestruturação da dívida", classificando-o como "inoportuno" e "errado".
O antigo ministro socialista das Obras Públicas João Cravinho, um dos promotores do texto, reforçou que a reestruturação da dívida é importante pois estamos a falar de um "problema fundamental" sobre o futuro.
"É um problema fundamental, o peso que a dívida tem sobre o nosso futuro e o futuro dos nossos filhos. Se a ´troika' ou o FMI teve uma reação feroz, isso é um sinal para todos aqueles que querem ser sérios, honestos e dedicados ao futuro de Portugal", advertiu Cravinho.
Recentemente, um conjunto de cidadãos assinou um documento a favor da renegociação da dívida externa portuguesa, conhecido como "Manifesto dos 70", incluindo personalidades como a social-democrata Manuela Ferreira Leite, o democrata-cristão Bagão Félix, bem como diversos militares.
Aquela iniciativa ultrapassou largamente as 4.000 assinaturas necessárias ao seu debate na Assembleia da República e já deu entrada no Palácio de São Bento, tendo o maior partido da oposição, o PS, por exemplo, manifestado a intenção de acompanhá-la.
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