BE exige solução para alojamento de estudantes, Costa mostra Orçamento
A coordenadora do Bloco de Esquerda exigiu hoje uma solução imediata para estudantes do Ensino Superior deslocados sem meios para pagar alojamento, enquanto o primeiro-ministro alegou que Catarina Martins desconhece as medidas do Orçamento em vigor.
© Lusa
Política Debate
Este debate entre António Costa e a líder bloquista foi travado na segunda ronda do debate sobre política geral na Assembleia da República.
Catarina Martins questionou o primeiro-ministro sobre quais as soluções que o Governo tem para os estudantes do Ensino Superior deslocados e que não têm meios financeiros para suportar um alojamento. Um universo que estimou em cerca de 93 mil.
António Costa falou então de contratos já assinados que "asseguram a criação de 18 mil camas".
"Temos medidas de reforço da ação social escolar que foram aprovadas no Orçamento do Estado [deste ano] e que reforçam atualmente o apoio aos estudantes. Em relação a estas 18 mil camas, não bastou assinar o contrato para a residência aparecer, é necessário que o contrato seja executado, a construção nasça e as camas surjam", respondeu António Costa.
Na réplica, a coordenadora do Bloco de Esquerda deixou então um aviso ao primeiro-ministro.
"Espero que esse programa tenha plenos resultados em 2026, mas eu estou a perguntar pelos estudantes agora. Há no país 108 mil estudantes deslocados e há pouco mais de 15 mil vagas em residências universitárias. Ou seja, há 93 mil estudantes deslocados sujeitos a uma mercado inflacionado e com falta de oferta", apontou.
Por isso, Catarina Martins insistiu: "Agora, o que vai fazer o Governo? O alerta não é só do Bloco de Esquerda".
"Veja as associações académicas de Coimbra, Évora, Porto ou Lisboa. Os estudantes vão ser obrigados a abandonar se não houver uma solução de residência", acentuou.
António Costa ripostou lendo um conjunto de medidas que disse estar em curso.
A terminar, alegou que a coordenadora do Bloco de Esquerda "não terá reparado nessas medidas de apoio aos estudantes do Ensino Superior porque votou contra o Orçamento do Estado para 2022".
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