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Inflação? PCP defende que Governo tem que "ser consequente"

O PCP defendeu hoje que o primeiro-ministro, António Costa, "tem que ser consequente" depois de ter reconhecido a existência de uma perda "brutal" de poder de compra no país, insistindo na necessidade de fixar preços de bens essenciais.

Inflação? PCP defende que Governo tem que "ser consequente"
Notícias ao Minuto

13:52 - 28/10/22 por Lusa

Política Inflação

"Quando o que está a acontecer é que os trabalhadores e os reformados estão a perder poder de compra de uma forma brutal, que o próprio primeiro-ministro já reconheceu que está a acontecer, então é preciso ser consequente, é preciso responder a isso devolvendo poder de compra às pessoas", defendeu o deputado Bruno Dias.

O deputado comunista falava aos jornalistas na Assembleia da República reagindo aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) que indicam que a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 10,2% em outubro, face aos 9,28% de setembro, atingindo o máximo desde maio de 1992.

"É preciso assegurar que neste momento os salários e pensões têm o aumento e a atualização que deve ser dada e apontar isso já no imediato e, naturalmente, para 2023", advogou.

Bruno Dias lembrou que "há poucos meses o senhor primeiro-ministro e o Governo afirmavam e insistiam na ideia de que a inflação ia ser um fenómeno conjuntural e transitório".

"A inflação que esta sexta foi apontada neste valor de 10,2% é a confirmação do que temos estado sempre a dizer, de que é urgente tomar medidas concretas para travar o aumento dos preços, nomeadamente o controlo e fixação de preços", defendeu, em particular em "bens essenciais, como é o caso dos combustíveis, da energia" ou dos "bens alimentares".

Para o PCP, é necessário travar "as práticas especulativas de quem está a aproveitar esta crise e a ganhar com ela" e o aumento dos salários e das pensões e reformas é "uma autêntica emergência nacional".

"Aumenta a inflação, cria-se mais riqueza, aumentou o PIB, aumentou a produtividade, os trabalhadores portugueses estão a criar mais riqueza e empobrecem cada vez mais trabalhando e isso tem que ter uma politica diferente como resposta", vincou.

No debate na generalidade da proposta do Orçamento do Estado para 2023 -- aprovado esta quinta-feira pela maioria socialista e com abstenções de Livre e PAN - o primeiro-ministro afirmou que a atual conjuntura se caracteriza por uma "brutal" perda de poder de compra em resultado de uma inflação importada e que a gestão orçamental do Governo permite o combate a este fenómeno.

De acordo com a estimativa rápida divulgada pelo instituto estatístico, "tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 10,2% em outubro, taxa superior em 0,9 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior e a mais elevada desde maio de 1992".

Quanto ao indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 7,1% em outubro (6,9% no mês anterior), o registo mais elevado desde janeiro de 1994.

Leia Também: IL desafia Governo a "falar verdade" aos portugueses sobre inflação

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