"Desafio imenso". BE diz que vitória de Lula contribui para "paz mundial"
A deputada do BE Joana Mortágua considerou hoje o resultado das eleições no Brasil "uma vitória da democracia" importante "para a paz mundial", sublinhando o "desafio imenso" que terá Lula da Silva e o "silêncio preocupante" de Jair Bolsonaro.
© Global Imagens
Política Brasil/Eleições
"Esta vitória de Lula da Silva é uma vitória da democracia. Não apenas no Brasil, mas no mundo, aqueles que apoiaram Trump, aqueles que seguem a linha de Trump, todos os que representam estas correntes 'trumpistas' de extrema-direita têm vindo a ser derrotados", afirmou Joana Mortágua em declarações aos jornalistas.
Para a dirigente bloquista, esta vitória "é importante para que se possa respirar melhor, para que o combate às alterações climáticas se faça, para que as mulheres estejam mais seguras, para que a comunidade LGBTI esteja mais segura", considerando que este resultando é importante para "a paz mundial".
Vemos com preocupação o silêncio de Jair Bolsonaro. É preciso ter em conta que as eleições ontem ocorreram com uma tentativa por parte das forças apoiantes de Bolsonaro de impedir que os eleitores, sobretudo no Nordeste, chegassem às urnas", referiu.
Apesar deste "silêncio preocupante", Joana Mortágua mostrou convicção "de que as instituições brasileiras terão força para resistir a qualquer tentativa ou devaneio", considerando que "a democracia brasileira é forte o suficiente para aceitar este resultado e construir o futuro com prioridades que são muito claras".
A deputada do BE destacou ainda as prioridades que Lula da Silva deixou no seu discurso de vitória, como a necessidade de "unir o país", "acabar com a fome no Brasil", proteger a Amazónia "de todos os ataques que sofreu nos últimos anos" e "relançar a imagem e o papel do Brasil no mundo".
"O presidente Lula vai ter um desafio imenso. Tem um congresso que lhe é hostil, um senado que lhe é hostil, muitos governadores e governos estaduais que lhe são hostis. É uma tarefa difícil que terá certamente que ser apoiada na capacidade de mobilização democrática e popular, essa que lhe deu a vitória", alertou, considerando que esse processo se fará com "o resultado de políticas públicas" em "tudo aquilo que Bolsonaro não fez".
Alertando que "o bolsonarismo não acaba no dia a seguir às eleições" e recordando os "milhões e milhões de pessoas que votaram em Bolsonaro", a bloquista antecipou que "vai ser preciso desconstruir pouco a pouco esse ódio que divide o Brasil".
Joana Mortágua espera "uma nova fase da relação entre o Brasil e o mundo".
"Acho que uma relação com um governo democrático em todas as suas dimensões é sempre muito mais saudável do que quando do outro lado está um homem que devia ser julgado por genocídio, por vários tipos de genocídio, desde o povo indígena até à maneira como lidou com a pandemia, um negacionista", enfatizou.
Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito Presidente do Brasil com 50,90% dos votos e derrotou Jair Bolsonaro (extrema-direita), que obteve 49,10%.
Com 77 anos, Lula da Silva vai ser o 39.º Presidente do Brasil, depois de já ter cumprido dois mandatos como chefe de Estado, entre 2003 e 2011.
É a primeira vez na história democrática recente do Brasil que um recandidato regressa ao Palácio da Alvorada depois de uma vitória na segunda volta.
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