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"Paulo Rangel perde a serenidade em momentos eleitorais"

Francisco Assis já foi eurodeputado, autarca, líder parlamentar e agora cabeça-de-lista do PS às eleições europeias, no próximo dia 25. Em entrevista ao semanário Sol, falou das eleições e da Europa.

"Paulo Rangel perde a serenidade em momentos eleitorais"
Notícias ao Minuto

08:55 - 02/05/14 por Notícias Ao Minuto

Política Assis

Em entrevista ao Sol, o candidato às Europeias do PS, Francisco Assis, falou das eleições, da austeridade, do candidato rival e da Europa que espera caso os socialistas vençam as eleições. Com o dia de votações a aproximar-se, diz-se disponível “para discutir tudo”.

Quando questionado sobre se é de uma ala mais à esquerda ou à direita no seio do PS, Assis responde que se considera “um socialista, ponto final”. A poucas semanas das eleições europeias, o candidato do PS realça que o partido “tem de assumir o que fez de bom e de menos bom em 40 anos de democracia”. E responde a Paulo Rangel, que o acusou de se escapar aos debates: a única pessoa que até agora faltou a um debate foi o Paulo Rangel”, referindo-se a um debate na Universidade Lusíada que Rangel desmarcou poucos dias antes.

Sobre o seu principal rival nestas eleições europeias, Assis critica ainda as listas do PSD, com “pessoas que o país desconhece”, e o próprio Paulo Rangel por “perder a serenidade” em momentos eleitorais.

Sobre a oposição mais à esquerda, Assis coloca PCP e Bloco de Esquerda no mesmo campo, o da “saída do euro”. Ainda assim, não vê “razão nenhuma para comemorarmos o fim do programa da troika”.

Para o candidato às europeias do PS, estes três anos de austeridade “de forma exagerada” deixaram o país pior, com o défice a servir de parca consolação: “no limite, num país onde estejamos todos mortos o défice não existe”, ironizou.

Francisco Assis mostrou ainda algum receio de que se acentue a “clivagem entre países mais ricos e países mais pobres”. Mas mais do que criticar as orientações da Alemanha na Europa, sobre a qual diz é um erro ter-se um discurso antigermânico, o candidato do PS prefere, ao invés, que desapareça “esta ideia de que ser um bom europeu é ser um pequeno alemão”. E responsabiliza o próprio Durão Barroso por não ter tido “força para se opor”.

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