Depois de em 08 de dezembro ter apresentado a lista à comissão executiva com a qual se apresenta às eleições internas de janeiro do próximo ano, Carla Castro adiantou à agência Lusa o funcionamento da sua direção, que terá uma vertente executiva e uma não executiva.
Em termos de pelouros, a candidata liberal quer criar uma nova área de relações com órgãos internos e no gabinete de estudos implementar uma área para políticas locais regionais e europeia, enquanto a "academia liberal se vai dedicar à divulgação de conhecimento quer na afirmação política exterior quer na formação de política interna".
"A área de políticas públicas, que vai estar com o antigo secretário de Estado Pedro Silva Martins, é uma área absolutamente nova e é bastante importante num partido que se quer com vocação governativa nós começarmos a fazer esta transição de ideias para propostas e depois para políticas com mais robustecimento", explicou.
Assim, de ponto de vista executivo, segundo Carla Castro "em cada pelouro vai funcionar a lógica colaborativa, havendo a envolvência com as diversas estruturas", assumindo o "compromisso de um relatório de atividades e de transparência nos avanços do compromisso para com a moção estratégica".
"Vamos ter também a área não executiva. Cada membro da comissão executiva vai ter uma bandeira política. Comprometemo-nos que não há bandeira que fique para trás porque são áreas onde queremos deixar uma marca e garantir avanços", justifica.
Assim, a candidata a líder ficará com a mobilidade social, enquanto os vice-presidentes Paulo Carmona e Filomena Francisco terão como bandeiras a competitividade da economia e a educação, respetivamente.
O candidato a secretário-geral, João Cascão, terá como responsabilidade as liberdades individuais, causas sociais e cidadania, tendo "a canábis como um dos temas primordiais".
Saúde (com destaque para a saúde mental), Sustentabilidade e ambiente, descentralização, habitação e mobilidade, coesão social e regulação, saúde e ação social são outras das áreas que terão atenção especial.
Entre as outras bandeiras estão o trabalho e segurança social, a economia circular e política de água, os desafios demográficos e equilíbrios intergeracionais, o empreendedorismo e fiscalidade, a política autárquica, a política energética e mobilidade, a educação, investigação e desenvolvimento, o ordenamento territorial e mobilidade, a justiça, transparência e defesa e o setor primário.
Carla Castro e Rui Rocha, ambos deputados e da atual comissão executiva, são, para já, os dois candidatos á liderança da IL, depois da surpresa da antecipação do calendário eleitoral do partido. O atual líder João Cotrim Figueiredo não se vai recandidatar.
A convenção eletiva da IL decorre em 21 e 22 de janeiro de 2023, em Lisboa.
Leia Também: Vasco Cordeiro reeleito líder da bancada parlamentar do PS nos Açores