Joacine Katar Moreira, antiga deputada na Assembleia da República, criticou o aumento do salário mínimo nacional que entrou ontem em vigor, para os 760 euros, defendendo que a subida do mesmo para os 900 euros mensais, previsto para 2026, devia ter já sido implementado este ano.
"Os 900 euros de salário mínimo nacional, que sempre defendi, deviam ser para já", defendeu a ex-deputada do Livre numa publicação na rede social Twitter.
Na sua perspetiva, não é possível "esperar muito mais para dignificar o trabalho das pessoas e salvaguardar os seus direitos básicos". E reforçou: "Repito, básicos".
Joacine Katar Moreira considerou ainda que, até num ponto de vista político, essa "seria a medida a tomar neste momento".
Os 900 euros de salário mínimo nacional, que sempre defendi, deviam ser para já! Não dá para esperar muito mais para dignificar o trabalho das pessoas e salvaguardar os seus direitos básicos. Repito, básicos.
— JoacineKatarMoreira (@KatarMoreira) January 2, 2023
Até politicamente seria a medida a tomar neste momento. https://t.co/liLae6MElj
A reação da antiga deputada surge depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter publicado na mesma rede social, a 31 de dezembro, um 'post' onde destaca que a partir do primeiro dia deste ano o "salário mínimo nacional aumenta de 705 euros para 760 euros, um aumento de 7,8%".
A este propósito, o chefe do Governo destacou que o Executivo segue, assim, "cumprindo os compromissos assumidos no Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos em Concertação Social, em direção aos 900 euros em 2026".
A partir de dia 1 de janeiro, o salário mínimo nacional aumenta de 705€ para 760€, um aumento de 7,8%. Seguimos cumprindo os compromissos assumidos no Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos em Concertação Social, em direção aos 900€ em 2026.#PrometemosCumprimos
— António Costa (@antoniocostapm) December 31, 2022
Recorde-se que o aumento do salário mínimo nacional para este ano, na ordem dos 55 euros e que entrou ontem em vigor, surge no seguimento do acordo de rendimentos assinado entre as confederações patronais e a UGT, no mês de outubro. O mesmo não foi, no entanto, subscrito pela CGTP.
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