PS acusa Iniciativa Liberal de estar cada vez mais encostada ao Chega
O líder parlamentar socialista acusou hoje a Iniciativa Liberal de estar cada vez mais encostada ao Chega na sua ação política, assinalando que a bancada liberal pretendeu iniciar a legislatura sentada entre o PS e o PSD.
© Getty Images
Política AR/Censura
Esta posição de Eurico Brilhante Dias foi transmitida na primeira ronda de perguntas ao primeiro-ministro, António Costa, do debate parlamentar da moção de censura apresentada pela Iniciativa Liberal (IL) ao Governo.
Depois de considerar que o PSD é um "partido na oposição sem posição - e que pratica o bota-abaixismo - e de ter afirmado que o Bloco de Esquerda "não voltará enganar os portugueses com a ideia de tentar confundir o PS com a direita", o presidente da bancada socialista centrou depois as suas críticas no partido autor da moção de censura ao executivo.
Com o objetivo de transmitir a ideia de uma deriva para "a direita radical" por parte da bancada da Iniciativa Liberal, Eurico Brilhante Dias começou por assinalar que os deputados deste partido iniciaram a legislatura com a intenção de se sentarem entre as bancadas do PS e do Chega na Assembleia da República.
E, neste contexto, apresentou alguns dados: Entre agosto e outubro do ano passado, analisados sete discursos proferidos por Cotrim Figueiredo (líder cessante), Carla Castro e Rui Rocha (estes dois últimos são candidatos à liderança da IL), foram encontrados por 38 vezes expressões relacionadas com "mentira" dirigidas a adversários políticos.
"Isto dá uma média de chamar mentiroso mais de cinco vezes por intervenção. Por isso, esse partido que se quis sentar aqui, no meio do hemiciclo, vai votar a sua moção de censura sozinho com a extrema-direita parlamentar [do Chega]. Estamos perante um partido transfigurado e instável, que acaba encostado à extrema-direita radical", acusou, recebendo uma prolongada salva de palmas dos deputados socialistas e com António Costa a sorrir na bancada do Governo.
Para o presidente da bancada do PS, a Iniciativa Liberal "é um partido instável que quer provocar uma crise política no país -- uma crise que agravaria as condições de vida dos portugueses".
"No debate do último Orçamento do Estado, a IL apresentou uma medida que, sozinha, faria cair as receitas fiscais em cerca de três mil milhões de euros", acrescentou, numa alusão à alegada carga ideológica neoliberal da Iniciativa Liberal.
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