Escrutínio de governantes? “É sacudir a água do capote" para Marcelo
Para o líder o PSD, o PS está "sem capacidade de recrutamento e de aferir condições em que membros do Governo exercem função”.
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Política Caso Carla Alves
"Mais uma vez, o sr. primeiro-ministro terá de analisar as condições em que os membros do Governo se encontram, nomeadamente para exercer com autoridade política", disse esta quinta-feira Luís Montenegro sobre Carla Alves, a nova secretária de Estado da Agricultura, momentos antes de esta ter apresentado a sua demissão.
"Se eu fosse primeiro-ministro não tinha convidado uma pessoa nestas condições", atira.
"Creio que qualquer português entende que não é bom para o Governo, nem é bom para o país, que o Governo tenha pesos políticos negativos", defendeu Luís Montenegro.
Frisando que o PSD já tinha alertado para "a circunstância do ministro das Finanças estar desprovido dessa autoridade" e ser um "peso morto no Governo", o líder o PSD disse ainda que o PS está "sem capacidade de recrutamento e de aferir condições em que membros do governo exercem função”.
Já sobre a proposta de António Costa para maior escrutínio na escolha dos governantes, diz que se trata de “desresponsabilização” do PS.
“É sacudir a água do capote, é o primeiro-ministro a querer corresponsabilizar o Presidente da República", frisou.
“Isto revela bem o estado exaurido em que se encontra António Costa no exercício das funções de primeiro-ministro", continuou a acusar, acabando por dizer que "o diabo hoje está mesmo dentro do Governo".
"O Diabo é a falta de coesão e de espírito reformador deste Governo", disse, acabando por aferir que o debate de hoje "não acrescentou o alento que o Governo precisava.
O Correio da Manhã noticiou hoje o arresto de contas conjuntas que a nova secretária de Estado da Agricultura, Carla Alves, tem com o marido e ex-autarca de Vinhais, Américo Pereira, informação divulgada menos de 24 horas depois da tomada de posse da governante.
O Ministério Público acusou de vários crimes e mandou arrestar bens do advogado e antigo autarca socialista, que saiu da liderança do município em 2017, num processo de mais de 4,7 milhões de euros que tem mais três arguidos.
Em causa estão vários negócios celebrados entre 2006 e 2015, que envolvem também uma sociedade, um empresário e o reitor do antigo seminário deste concelho do distrito de Bragança.
De acordo com a investigação, foram detetadas nas contas do casal ao longo de vários anos divergências entre os valores depositados e declarados.
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