Governo. IL afirma que maioria absoluta do PS "faz mal ao país"
O líder parlamentar da IL defendeu hoje que a maioria absoluta do PS "faz mal ao país" e avisou o primeiro-ministro que os liberais não se habituam, justificando a moção de censura com o "incapaz funcionamento da governação".
© Global Imagens
Política AR/Censura
"Numa recente entrevista, com pose arrogante e majestática, o primeiro-ministro declarou aos portugueses: habituem-se! E a Iniciativa Liberal vem hoje dizer-lhe precisamente o contrário. Não, senhor primeiro-ministro, não nos habituamos e é isto que justifica a moção de censura que hoje aqui trazemos", afirmou Rodrigo Saraiva no encerramento do debate da moção de censura apresentada pela IL que foi entretanto chumbada como previsto.
Na análise do deputado liberal, "esta maioria absoluta faz mal ao país porque se transformou em poder absoluto, desmentindo aquilo que prometia António Costa".
"É o que verificamos nesta Assembleia da República, em que o PS veta sistematicamente a presença de membros do Governo, impedindo-os de prestar esclarecimentos ao país. Impedindo o escrutínio. É o que acontece neste hemiciclo, em que o primeiro-ministro confunde o diálogo com o insulto", criticou.
Segundo Rodrigo Saraiva, "o maior foco de instabilidade vem mesmo do Governo, deste Governo que em nove meses perdeu mais de uma dezena de ministros e secretários de Estado numa série de trapalhadas em que o primeiro-ministro não fica impune".
Estas "trapalhadas confirmam que não há só um problema de rota, mas também do timoneiro", considerou o dirigente da IL.
"O que hoje debatemos e votamos não é se está em causa o regular funcionamento das instituições. Esse é um diagnóstico e competência que cabe apenas ao Presidente da República, o que hoje debatemos e votamos aqui é o incapaz funcionamento da governação", enfatizou.
O líder parlamentar da IL recordou na última moção de censura em votação em julho, então apresentada pelo Chega, "já havia incompetência e incapacidade".
"Estávamos cinco meses depois de eleições, três meses depois da tomada de posse e com um orçamento do estado em vigor há uma semana. O Governo tinha legitimidade e responsabilidade para governar", recordou.
Desde então e até hoje aquilo que o Governo ofereceu a Portugal foi um conjunto de casos, que Rodrigo Saraiva elencou, dividindo-os por cada um dos meses.
"Já havia manifesta incapacidade, cresceu a incompetência. Nestes meses ficou patente a instabilidade governativa e esta instabilidade mina a confiança dos portugueses", sintetizou.
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