PSD/Espinho preocupado com concelho após preventiva do ex-presidente
O PSD/Espinho manifestou hoje "surpresa e enorme preocupação pelo futuro do concelho", depois de o ex-presidente da câmara Miguel Reis, que renunciou ao mandato após ser detido no âmbito da Operação Vórtex, ter ficado em prisão preventiva.
© Reuters
Política operação vórtex
"A renúncia ao mandato por parte do senhor presidente de câmara eleito [...] assume assim enorme gravidade, na medida em que a liderança do projeto sufragado pela população deixou de ter mentor", referiu a Comissão Política do PSD/Espinho, em comunicado.
Miguel Reis, um dos cinco detidos na terça-feira no âmbito da Operação Vórtex, ficou hoje em prisão preventiva, a medida de coação mais gravosa, revelou o seu advogado, Nuno Brandão, à saída do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.
O ex-autarca é suspeito de corrupção e de outros crimes económico-financeiros cometidos, alegadamente, "em projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos", segundo a Polícia Judiciária (PJ).
Os sociais-democratas mostraram-se ainda "surpreendidos" pelo facto de a liderança desta autarquia, do distrito de Aveiro, ser assumida pela vereadora que ocupava o terceiro lugar nas listas do PS nas eleições autárquicas de 2021, depois de o vice-presidente ter renunciado por impossibilidade de compatibilizar a sua atividade profissional enquanto médico e diretor no Centro Hospitalar de Vila Nova Gaia/Espinho com essas funções.
"O que está a acontecer é demasiado grave, subvertendo o ato eleitoral de setembro de 2021", vincou o partido.
E acrescentou: "Sob tão grandes responsabilidades a gerir interrogamo-nos sobre as condições ou falta delas para tomar decisões políticas relevantes, dando seguimento legal aos vários processos e desenvolvimento que o concelho de Espinho exige".
Na sua perspetiva, o "projeto vencedor" das eleições está, agora, "fortemente comprometido" e a equipa "irremediavelmente fragilizada".
Por isso, os sociais-democratas entendem que o PS deveria fazer uma introspeção e saber tirar as "devidas ilações".
"Os vereadores do PSD encontram-se totalmente disponíveis para acompanhar a renúncia do executivo socialista permitindo, assim, a devolução da voz aos espinhenses", concluiu o PSD.
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