A deputada Jamila Madeira, do PS, pediu a suspensões das funções que exercia nas Redes Energéticas Nacionais (REN), de forma a deixar de acumular o salário que recebia da empresa com o de deputada, avançou a SIC Notícias.
A decisão foi tomada depois de a deputada ter pedido, há 13 anos, um primeiro parecer ao Parlamento sobre a situação, garantindo que o resultado do mesmo foi positivo.
Segundo explica a SIC Notícias, Jamila Madeira voltou a pedir um novo parecer à Comissão da Transparência, em julho de 2022, cuja análise ficou apenas concluída no fim de dezembro.
A conclusão foi de que a socialista se encontrava numa situação de incompatibilidade - razão que a levou a renunciar ao cargo de consultora da REN uma semana depois e a pedir o estatuto de deputada em exclusividade.
Ao contrário do que tinha sido anteriormente reportado, Jamila Madeira acumulou as funções de deputada com as de consultora a tempo parcial na REN Serviços desde 2015, e não apenas desde 2022. A parlamentar, dá conta um esclarecimento enviado à SIC, era já funcionária da REN desde 1997, segundo consta do registo de interesses entregue ao Parlamento.
A socialista considera que as funções que desempenhava na empresa não geravam qualquer conflito de interesses, destacando que a REN Serviços não é uma concessionária de serviços públicos.
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