Aumento de salários? "Se há na União Europeia, tem de haver em Portugal"
O líder dos sociais-democratas falou ainda sobre a emigração jovem e a influência que boas medidas têm neste contexto.
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Política PSD
O presidente do Partido Social Democrata (PSD) considerou, esta terça-feira, que a visita ao centro de investigação Biocant, onde falou aos jornalistas, era um "misto de esperança e responsabilização". "É um excelente exemplo daquilo que pode ser perfeitamente ser um alavanque de um país que produz talento através das várias vontades", considerou, sublinhando a origem do projeto, que nasceu a partir da autarquia local.
"Temos uma geração que é altamente qualificada, e muitas vezes não tem oportunidade de pôr a sua qualificação e conhecimento ao serviço do seu país e vai para o estrangeiro à procura dessa oportunidade", referiu.
Montenegro referiu ainda que o Estado devia assumir alguma responsabilidade no que diz respeito às barreiras que, por vezes, são colocadas às empresas - e que isso pode começar no ato de não efetuar os pagamentos a horas, tirando assim a oportunidades a, por exemplo, startups para avançarem com projetos.
Em Cantanhede, no distrito de Coimbra, Luís Montenegro foi confrontado com os dados da União Europeia, cujos responsáveis informaram que há margem para os salários serem aumentados. "Se há na União Europeia, por maioria de razão tem de haver em Portugal, porque nós estamos na cauda da Europa do ponto de vista dos rendimentos e do ponto de vista salarial", defendeu.
Montenegro sublinhou ainda que imprescindível Portugal ter capacidade para "criar valor" e de "fazer melhor aquilo que os outros também fazem" ou então a será difícil criar uma diferenciação. "Só isso pode gerar o rendimento que permite, precisamente que o nível salarial possa aumentar", continuou.
O líder dos sociais-democratas referiu também que as oportunidades para os jovens não vão ao encontro daquilo que estes imaginaram e idealizaram. "Quando temos, em Portugal, uma fiscalidade altamente agressiva, que asfixia a nossa classe média e também os nossos mais jovens [...], carências de habitação difíceis de ultrapassar nos centros urbanos, quando temos sistema de saúde que está a falhar [...]. Quando estamos a fazer isso tudo em Portugal ou a assistir a essa realidade estamos a criar condições para que os nossos jovens possa emigrar", continuou.
Recorde-se que o ministro das Finanças rejeitou esta terça-feira a necessidade de haver este ano um novo aumento dos salários e insistiu que a política salarial do Governo consegue assegurar o poder de compra sem alimentar as "tensões inflacionistas".
"A nossa política salarial é a política adequada para responder às necessidades de assegurar o poder de compra durante o ano de 2023, sem com isso contribuir para um aumento das tensões inflacionistas no nosso país", sustentou Fernando Medina, no final de uma reunião do conselho de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin), em Bruxelas.
[Notícia atualizada às 13h58]
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