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João Ferreira critica "obstinada recusa" de aumento de salários
Em causa está o facto de a Comissão Europeia defender que há margem para aumentar os salários em Portugal este ano - algo que já foi afastado pelo ministro das Finanças.
© Global Imagens
Política João Ferreira
João Ferreira criticou, esta terça-feira, o facto de "o poder económico e dos seus representantes políticos" continuarem a afastar novos aumentos salariais, depois de a Comissão Europeia defender que há margem para um aumento dos salários em Portugal em 2023.
Esta posição do eurodeputado comunista foi partilhada através de uma publicação divulgada no Twitter.
"Vivemos todos para ver o dia em que até a Comissão Europeia vem dizer que há margem para aumentar salários em Portugal perante a obstinada recusa desse aumento por parte do poder económico e dos seus representantes políticos, os que estão no Governo e os outros", escreveu João Ferreira.
Vivemos todos para ver o dia em que até a Comissão Europeia vem dizer que há margem para aumentar salários em Portugal perante a obstinada recusa desse aumento por parte do poder económico e dos seus representantes políticos, os que estão no governo e os outros.
— João Ferreira (@joao_ferreira33) January 17, 2023
Recorde-se que o Jornal de Negócios noticiou na edição de hoje que a Comissão Europeia defende que há margem para aumentar os salários este ano e que os aumentos previstos não só estão abaixo do necessário para compensar a perda de poder de compra, como também podem ficar abaixo das subidas previstas para limitar os impactos na inflação. No caso de Portugal, o referencial acordado é de 5,1%.
Questionado sobre o assunto, o ministro das Finanças, Fernando Medina, rejeitou a necessidade de haver este ano um novo aumento dos salários e insistiu que a política salarial do Governo consegue assegurar o poder de compra sem alimentar as "tensões inflacionistas".
Sublinhe-se que também hoje o conselho de ministros das Finanças da União Europeia assumiu que os Estados-membros devem "apoiar uma evolução salarial que atenue a perda de poder de compra dos trabalhadores", no contexto da elevada inflação na zona euro.
Leia Também: Medina rejeita aumento de salários, garante eficácia da política salarial
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