O primeiro-ministro saudou, esta quarta-feira, desde o Barreiro, a criação de uma NUT II específica para a península de Setúbal, "de forma a não continuar a ser injustamente prejudicada pelos níveis de rendimento da NUT Grande Lisboa, que prejudicaram durante décadas Setúbal, sem acesso a fundos comunitários".
Aos jornalistas, António Costa garantiu ser "um passo muito importante, que tem que ter continuidade e assentar numa visão estratégica para esta península, que aposta fortemente no seu desenvolvimento social e económico e na criação de um novo polo dinâmico de progresso na Área Metropolitana de Lisboa".
NUTS é o acrónimo de “Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos”, um sistema hierárquico de divisão do território nacional em regiões.
"Há precisamente 25 anos, foi inaugurada a ponte Vasco da Gama, que assinalou um dos projetos mais ambiciosos de regeneração urbana que aconteceu do lado de lá do rio, ancorado no projeto da Expo'98, e permitiu fazer o Parque das Nações. Esta margem esquerda do Tejo merece, efetivamente, um grande projeto de regeneração urbana. Não temos uma Expo'2023, mas temos a 'Ambição 2023'", gracejou o primeiro-ministro.
António Costa acusou ainda que, "entre hesitações sobre localizações de travessias que não se concretizam, aeroportos que se localizam aqui ou ali, TGVs que se desenvolvem ou não", o território em questão foi-se mantendo "num quase vazio".
"É por isso particularmente gratificante iniciar estes dois dias de Governo Mais Próximo com o arranque efetivo dos trabalhos necessários para construir o futuro, que têm a ver com a regeneração e selagem de solos contaminados, para aproveitar este território", explicou.
O primeiro-ministro concluiu argumentando que "este é o começo", em que "se criam as oportunidades para que tudo o resto seja possível".
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