TAP, parecer e a recusa. "Não é para alimentar polémicas todos os dias"
Em causa está a recusa do Governo em revelar o parecer para demitir a CEO da TAP.
© Global Imagens
Política Ana Catarina Mendes
A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, voltou a falar, esta quarta-feira, sobre a recusa do Executivo em partilhar o parecer para demitir a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener. A responsável reforçou hoje que "para o Governo é preciso preservar o respeito pelas instituições, sejam elas quais forem" e que o interesse público está em causa nestas matérias, como tem vindo a ser defendido pelos governantes.
"Uma Comissão Parlamentar de Inquérito não é para todos os dias estarmos a alimentar polémicas, é para responder àquilo que são dúvidas naturais de deputados [...].", começou por explicar em declarações aos jornalistas no Parlamento.
A ministra sublinhou ainda que houve questões que a Comissão de Inquérito à TAP colocou ao Executivo e que este não se "furtou" a responder. "[O Governo] tem um entendimento diferente da Comissão de Inquérito, que é um entendimento de que as perguntas que foram colocadas extravasam o objeto desta comissão. Vão para lá daquilo que é o objeto que é a CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito]", reforçou, dizendo que o Governo estará sempre disponível para responder à Assembleia da República - seja em debates, ou noutras situações.
"Queremos [também] preservar o interesse público e respeito pelas instituições", reforçou Ana Catarina Mendes.
"O que considerámos foi isto: num processo que se antecipa de litigância, como se tem visto, há discussões que não se têm na praça pública e tem de se preservar o interesse público", afirmou.
Ana Catarina Mendes deixou bem claro que o que foi pedido pelos sociais-democratas no âmbito desta comissão não foi a fundamentação jurídica, "que já é conhecida" do público. "O que foi pedido foi a troca de e-mails, pedidos de parecer, opinião, para a construção de decisão final do despedimento. Esse não me parece que seja do domínio público - é daquilo que ajudou a construir a decisão", concluiu.
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