Assédio na academia. "Não pode ser normalizado ou remetido para silêncio"
A parlamentar referia-se à notícia de que três professores do Instituto Politécnico do Porto foram suspensos, após denúncias de assédio sexual por parte de diversas alunas.
© Global Imagens
Política Inês de Sousa Real
No rescaldo das denúncias de assédio sexual que têm ‘manchado’ as instituições académicas, a porta-voz do partido PAN, Inês de Sousa Real, condenou o facto de a medida proposta pelo grupo parlamentar quanto à criação de canais de denúncia, formação e elaboração de um código de conduta em contexto académico e laboral ter sido chumbada, apontando ainda que o assédio sexual “não pode ser normalizado ou remetido para o silêncio e impunidade ao longo dos anos”.
“Depois do caso CES, continuam a vir a público denúncias de casos de assédio sexual em contexto académico. Há um ano, o PAN propôs a criação de canais de denúncia, formação e elaboração de código de conduta em contexto académico e laboral”, começou por escrever a parlamentar, na rede social Twitter, referindo-se à notícia de que três professores do Instituto Politécnico do Porto foram suspensos, após denúncias de assédio sexual por parte de diversas alunas.
“Lamentavelmente, a nossa iniciativa foi rejeitada”, complementou.
Contudo, Inês de Sousa Real mostrou-se taxativa: “O assédio sexual não pode ser normalizado ou remetido para o silêncio e impunidade ao longo dos anos, desvalorizando os testemunhos e a credibilidade das vítimas, assim como o impacto que tem nas suas vidas.”
Depois do caso CES, continuam a vir a público denúncias de casos de assédio sexual em contexto académico. Há um ano o @Partido_PAN propôs a criação de canais de denúncia, formação e elaboração de código de conduta em contexto académico e laboral. https://t.co/cfZ61SOKN1
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) April 21, 2023
Recorde-se que dois docentes do curso de Desporto e um da Escola Superior de Educação foram suspensos "preventivamente", por um período de três meses, após terem sido denunciados por assédio sexual por diversas alunas.
Na verdade, segundo o jornal Público, dois professores enfrentam queixas por assédio sexual, enquanto o terceiro é suspeito de assédio moral.
A instituição abriu processos disciplinares aos visados, de acordo com a mesma publicação e, se se justificar, os casos serão comunicados ao Ministério Público.
O Notícias ao Minuto contactou o Instituto Politécnico do Porto e aguarda, de momento, uma resposta.
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