TAP? "Há uma berraria da comissão de inquérito, casos atrás de casos"

O secretário-geral do PCP afirmou hoje que há "uma berraria" na comissão de inquérito à TAP, mas PS, PSD e Iniciativa Liberal estão de acordo quanto à privatização da transportadora aérea, que considerou "um crime económico e político".

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Lusa
27/04/2023 19:23 ‧ 27/04/2023 por Lusa

Política

TAP

"Há uma berraria imensa da comissão de inquérito, casos atrás de casos, acontecimentos todos os dias. Mas quanto ao projeto final, que é o projeto da privatização da TAP, está tudo alinhado", disse Paulo Raimundo aos jornalistas, após uma iniciativa integrada na ação nacional do PCP `Mais Força aos Trabalhadores´, junto de trabalhadores das fábricas da Visteon e Hanon, em Palmela, no distrito de Setúbal.

  "Nós achamos que a privatização é um crime político e um crime económico e que deve ser travada. Estamos a falar da maior exportadora nacional, uma empresa estratégica. A caminhar-se nesse sentido, com esta pressa toda, alguém vai ter que ser responsabilizado politicamente. E aqui, PS, PSD e Iniciativa Liberal têm todos as mãos manchadas de óleo neste processo, quer na gestão, quer na privatização", acrescentou.

  Confrontado com o vídeo captado pelo Canal Parlamento entre a cerimónia de boas-vindas ao Presidente do Brasil e a sessão solene comemorativa do 25 de Abril, em que o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, surge sorridente a contar o incidente com o Chega durante o discurso de Lula da Silva, junto do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, e do  primeiro-ministro, António Costa, o líder comunista respondeu que esse tipo de problemas pouco ou nada preocupa os trabalhadores.

 "Eu acho que é para o lado que os trabalhadores dormem melhor. O problema é a fragilidade da vida deles, a fragilidade dos horários, dos salários. Isso é que é o problema com que nós nos confrontamos", disse Paulo Raimundo.

  No que respeita à iniciativa legislativa do PCP sobre trabalho noturno e por turnos, que será discutida na sexta-feira no parlamento, Paulo Raimundo disse tratar-se de um problema que afeta mais de 1,8 milhões de trabalhadores portugueses e que um dos objetivos do PCP é clarificar em que circunstâncias deve ser permitido.

   De acordo com o líder comunista, trata-se de uma proposta que visa definir o que é o trabalho noturno e o trabalho por turnos, as circunstâncias em que deve ser permitido, bem como aprovar um conjunto de regalias e de bonificações a contagem do tempo para a reforma para aqueles que têm de continuar a trabalhar por turnos.  

 "Só quem nunca trabalhou por turnos, só quem nunca trabalhou à noite, é que não percebe a consequência que isso tem do ponto de vista físico, mental, na desregulação completa da vida", frisou.

 "É preciso dar respostas a essas situações, nomeadamente o reconhecimento do trabalho noturno entre as 20:00 e as 07:00", disse Paulo Raimundo, reiterando que é necessário compensar devidamente o trabalho noturno e por turnos e garantir uma bonificação na contagem do tempo para a reforma. Veremos como é que a discussão corre, veremos como é que se comportam os partidos face às nossas propostas", concluiu o líder do PCP.

Leia Também: PSD reforça dúvidas sobre respaldo jurídico das demissões na TAP

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